Impensável?
Não sei! Recentemente li sobre uma nova onda mística que afirma ser possível
ter espiritualidade sem Deus. Não sei como porque espiritualidade não pressupõe
estas coisas do “espírito”? Não está relacionada à divindade? Se estão
conseguindo esta façanha não acredito ser difícil termos Natal sem Cristo.
Ah! E não
devemos esquecer também que já temos a Páscoa sem o Cordeiro. O coelho mágico
que bota ovos com tons, cores, formatos e gostos diferentes é o protagonista, o
Cordeiro tem papel secundário. Já faz muito tempo que a Páscoa não fala mais do
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Então, não
será nenhuma surpresa se o Natal excluir a criança nascida em Belém. O que se
celebra no Natal? Pergunte a qualquer criança. A maioria vai relacionar esta
data com presentes e com o papai noel, um velhinho simpático de barbas brancas
que desce na chaminé em dias de neve trazendo os desejados presentes. Ainda que
não tenhamos neve nem chaminé em casa...
Perder a
centralidade de Cristo no natal é tão fácil quanto nos perdermos na agitação,
correria e stress de final de ano. José e Maria perderam seu filho no templo
quando tinha 12 anos, nós o perdemos no dia do seu aniversário. Que celebração
estranha! Todos recebem presentes menos o menino que nasceu em Belém. Não é
bizarro?
Achar
Jesus no meio dos embrulhos e das festas, é essencial. Só assim será possível
restituir o significado do menino-Deus, que deixou sua glória e veio habitar
entre nós e é desta forma que se resgata a dimensão do Eterno entrando no
tempo, compreende-se a realidade de um Deus participando da história e
habitando entre os homens.
Natal
anuncia o fim da inacessibilidade de um Deus que se humanizou, e levou às
últimas consequências o significado de Emanuel: Deus conosco! A manjedoura fala
de um Deus que amou tanto os homens que decidiu caminhar entre eles, participar
de suas alegrias e dores, tocá-los. Naquele bebê Deus chegaria ao extremo de
seu amor. No ventre daquela jovem judia que chega à Belém, estava aquele que é
Deus acima de todos, e tem todas as coisas debaixo de seu domínio, que veio
para solucionar o pecado, o mal central da humanidade com suas variantes:
Ganância, luxúria, orgulho, depravação, ódio, vaidade, inveja e corrupção
moral.
A
eternidade invadiu o tempo, a divindade penetrou a humanidade, o céu adentrou a
terra na forma de um bebê. Os seus primeiros choros foram ouvidos por uma moça
simples e um carpinteiro sonolento. Não dá para pensar um Natal sem Cristo!
Autor: Pastor Samuel Vieira – Pastor na Igreja Presbiteriana
Central de Anápolis
Fonte: http://revsamuca.blogspot.com.br
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