“Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este
selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça
todo aquele que professa o nome do Senhor” (2Tm
2.19).
O apóstolo Paulo, o paladino do Cristianismo, em sua derradeira
epístola, alerta o jovem Timóteo a não perder o foco de seu ministério,
envolvendo-se em falatórios inúteis e profanos (2Tm 2.16). Também, afirma que
alguns, nessa prática, desviaram-se da verdade (2Tm 2.17,18). Longe, porém, do
veterano apóstolo estar abrindo uma brecha para a possibilidade da perda da
salvação, afirma com diáfana clareza, a segurança da salvação, aduzindo dois
eloquentes argumentos:
Em primeiro lugar, os
salvos são conhecidos por Deus (2Tm
2.19a). “O Senhor conhece os que lhe pertencem…”. Deus nos conheceu de antemão (Rm
8.29). Escolheu-nos conforme sua própria determinação e graça em Cristo antes
dos tempos eternos (2Tm 1.9). Escolheu-nos em Cristo antes da fundação do mundo
(Ef 1.4). Escolheu-nos desde o princípio para a salvação, pela santificação do
Espírito e fé na verdade (2Ts 2.13). Nessa mesma linha de pensamento, o
apóstolo Paulo diz: Deus conhece os que lhe pertencem (2Tm 2.19). O ensino
insofismável das Escrituras é que Deus nos amou primeiro e nos atraiu para si
com cordas de amor. Fomos escolhidos, chamados e justificados. Nossos pecados
foram perdoados, nossa dívida foi paga e nosso nome está escrito no livro da
vida. Fomos comprados por alto preço, resgatados da morte e declarados justos
diante do tribunal de Deus. Nossa salvação não é resultado das obras que
realizamos para a Deus, mas da obra que Deus realizou por nós, na cruz do
Calvário. Deus nos amou quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos.
Éramos escravos e ele nos libertou. Estávamos perdidos e ele nos encontrou.
Estávamos mortos em nossos delitos e pecados e ele nos deu vida. Fez-nos seus
filhos e seus herdeiros. Agora, somos membros do corpo de Cristo, ovelhas do
seu pastoreio e ramos da Videira verdadeira. Somos a sua herança, a menina dos
seus olhos e a sua delícia, em quem ele em todo o seu prazer. Nossa vida está
segura nas mãos de Cristo e de suas mãos ninguém pode nos arrebatar. Nada nem
ninguém, neste mundo ou no porvir, pode nos separar de seu amor, que está em
Cristo Jesus, nosso Senhor. Estamos seguros porque o próprio Deus que nos
criou, nos escolheu e nos salvou nos conhece como sua propriedade exclusiva!
Em segundo lugar, os
salvos vivem em santidade (2Tm
2.19b). “… e mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do
Senhor”. A gloriosa doutrina da eleição tem sido atacada por muitos e não
entendida por outros. Longe dessa verdade induzir o descaso com a santidade,
promove-a. O ensino claro das Escrituras é que Deus no escolheu pela santificação
do Espírito e fé na verdade (2Ts 2.13). Deus nos escolheu para sermos santos e
irrepreensíveis (Ef 1.4). Deus não nos chamou para a impureza e sim para a
santificação (1Ts 4.7). Logo, aqueles a quem Deus conhece como seus e que
professam o seu nome, apartam-se da injustiça (2Tm 2.19). A evidência da
eleição é a santificação. Ninguém pode se julgar um eleito de Deus se não vive
em santidade. Ninguém pode comprovar sua eleição, senão pela prática da
piedade. Os que são de Deus vivem em novidade de vida. Aqueles a quem Deus
conhece têm um novo coração, uma nova mente e uma nova vida. Quem pratica o
pecado é escravo do pecado, ainda permanece nas trevas e não conhece a Deus,
pois Deus é luz. A segurança da nossa salvação não está estribada em quem nós
somos, mas em que Deus é e, no que ele fez por nós, em nós e através de nós!
Hernandes Dias Lopes – Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil,
Palestrante e autor de diversos livros
Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/voce-pode-ter-certeza-de-sua-salvacao/
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