quinta-feira, 26 de abril de 2018

Uma mãe chamada Ana, Um filho chamado Samuel

TEXTO BÍBLICO – I SAMUEL 1.1-2
1.1   Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. 1.2   Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porém, não os tinha.

INTRODUÇÃO
Comemorar o dia das mães é uma atitude justa.
A mãe exerce um papel indisputavelmente importante na família. Ela é capaz dos maiores sacrifícios. Por um tempo carrega os filhos no ventre, nutre-os no seio, carrega-lhes nos braços, acompanha-os a vida.
As palavras do nosso vocabulário não são suficientes para enaltecer a sublime missão  da maternidade.
No nível humano nenhum amor transcende ao amor de mãe: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” (Isaías 49.15.)
A mãe se entrega, se doa e investe o melhor do seu corpo, do seu tempo, da sua vida, dos seus recursos e dos seus sonhos na vida dos filhos.
Dia dos pais será igual ao dia das mães?
ILUSTRAÇÃO - ELOGIAR QUEM? Um homem dizia que as mães que ficam em casa na realidade não trabalham tanto. Ele explicava que a tarefas domesticas eram muito simples e fáceis de executar. Porem um dia ele foi obrigado a ficar em casa cuidando da família para a sua esposa viajar. Foi nesta oportunidade que ele decidiu fazer uma lista das suas atividades e obteve o seguinte resultado: abri a porta para as crianças - 106 vezes; fechei a porta para as crianças - 106 vezes; amarrei o cadarço dos sapatos - 16 vezes; dei biscoito para as crianças - 28 vezes; disse “nao” para o menino de 2 anos - 94 vezes; acabou-se a minha paciência - 45 vezes; preparei pão com geleia - 11 vezes; segurei o bebe no colo - 21 vezes; atendi ao telefone - 17 vezes; caminhei atrás das crianças quase 4 km; e ainda faltou relatar muitas coisas que eu não quis anotar!


                QUEM ERA ANA? v.1-2
1.1   Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. 1.2   Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porém, não os tinha.
Ana era uma pessoa piedosa que amava a Deus. Era casada com Elcana. Mas havia um vazio na vida de Ana: ela não tinha filhos.  Seu grande projeto de vida era dar à luz um filho. O seu sonho era legítimo, puro, digno. Ela queria ser mãe; mas era estéril.
Seu esposo tinha Elcana tinha duas mulheres Ana e Penina. Você pode se perguntar se é correto então der mais de uma mulher. Posso afirmar biblicamente que não. Primeiro porque quando Deus faz Adão e Eva é 1 homem para 1 mulher. Não diz a Bíblia que Deus criou 1 Adão e várias Evas. Em segundo lugar, todos homens bíblicos que tiveram várias mulheres sofreram drasticamente por esta decisão. Podemos lembrar de Abraão e a discórdia entre Sara e Agar. Outro triste exemplo é Davi que se perdeu nas trilhas de muitas mulheres. Seu filho Salomão também não logrou êxito final pois se envolve com mulheres estrangeiras. Sansão, que permitiu Dalila cortar seu cabelo. Ente tantas temos esta história da rivalização entre Ana e Penina.


DIAS DIFÍCEIS v.3
1.3   Este homem subia da sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos, em Siló. Estavam ali os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, como sacerdotes do SENHOR.
Aqui nos é apresentado o nome dos filhos do sacerdote Eli: Hofni e Finéias. Esses meninos estavam sendo preparados para serem os futuros sacerdotes de Israel. Era um tempo difícil. Diz a Bìblia que Deus falava pouco com as pessoas. A humanidade estava no caminho contrário da vontade de Deus.
No capítulo 2 vemos mais sobre a vida desses adolescentes: 2.12   Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o SENHOR; 2.13   pois o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes na mão; 2.14   e metia-o na caldeira, ou na panela, ou no tacho, ou na marmita, e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si; assim se fazia a todo o Israel que ia ali, a Siló.
A função dos sacerdotes era facilitar o encontro entre Deus e a humanidade. Eles entendiam que isso ocorria quando as pessoas traziam os sacrifícios (pombos, cordeiro, cereais) para agradecer a Deus ou para pedir o perdão dos pecados. Quando as pessoas vinham oferecer o sacrifício esses meninos enfiavam o garfo na panela, desrespeitando o que Deus tinha ordenado em relação as práticas de sacrifício.
2.17   Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto eles desprezavam a oferta do SENHOR.
Deus estava vendo tudo isso! Para Deus era muito grave. Deus precisava de um novo sacerdote.
2.22   Era, porém, Eli já muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação. 2.23   E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Pois de todo este povo ouço constantemente falar do vosso mau procedimento. 2.24   Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço; estais fazendo transgredir o povo do SENHOR. 2.25   Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro; pecando, porém, contra o SENHOR, quem intercederá por ele? Entretanto, não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os queria matar.
Além de desobedecerem os rituais de sacrifício estabelecido por Deus, o texto agora acrescenta que eles traziam mulheres para o ambiente sagrado. O pai tentava os alertar dizendo que ouvia reclamação do mau procedimento deles. O texto encerra dizendo que Deus os queria matar!


ANA, ORA POR UM FILHO v.10-11
1.10   levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.1.11   E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
Sabemos que Ana era estéril e ela tinha o sonho de ser mãe. Ela faz a coisa certa. Ela pedi a Deus em oração. Chora muito em oração. Faz um voto a Deus, que se engravidasse devolveria o menino a Deus.


ANA ENGRAVIDOU v.19-20
1.19   Levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e chegaram a sua casa, a Ramá. Elcana coabitou com Ana, sua mulher, e, lembrando-se dela o SENHOR,1.20   ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a que chamou Samuel, pois dizia: Do SENHOR o pedi.
Aquela mulher estéril agora Deus recebe o milagre da gestação. Aquele ventre que antes era enfermo, agora recebe o toque de Deus.
Aqui temos o significado do nome Samuel: “o senhor respondeu”. Eu e a Bel colocamos o nome do nosso filho Samuel exatamente inspirado neste significado. Nós namoramos durante 03 anos a distância. EU fazendo seminário em Fortaleza e ela em Cuiabá. Em uma de nossas conversas por telefone, combinamos que se Deus nos casássemos e tivéssemos um menino, seria chamado Samuel, pois pedimos um milagre de Deus para o nosso namoro à distância.


ANA CUMPRIU O VOTO v.21-28
1.21   Subiu Elcana, seu marido, com toda a sua casa, a oferecer ao SENHOR o sacrifício anual e a cumprir o seu voto. 1.22   Ana, porém, não subiu e disse a seu marido: Quando for o menino desmamado, levá-lo-ei para ser apresentado perante o SENHOR e para lá ficar para sempre. 1.23   Respondeu-lhe Elcana, seu marido: Faze o que melhor te agrade; fica até que o desmames; tão-somente confirme o SENHOR a sua palavra. Assim, ficou a mulher e criou o filho ao peito, até que o desmamou. 1.24   Havendo-o desmamado, levou-o consigo, com um novilho de três anos, um efa de farinha e um odre de vinho, e o apresentou à Casa do SENHOR, a Siló. Era o menino ainda muito criança.1.25   Imolaram o novilho e trouxeram o menino a Eli.1.26   E disse ela: Ah! Meu senhor, tão certo como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, orando ao SENHOR. 1.27   Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a petição que eu lhe fizera. 1.28   Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali o SENHOR.
Ana devolveu para Deus o filho que recebeu de Deus. Ela fez o voto e o cumpriu.
Quando o menino cresceu e foi desmamado ela levou Samuel à Casa de Deus e o dedicou ao Senhor por todos os dias da sua vida. Diz a Bíblia que o menino era ainda muito criança v.24
Não fosse o entendimento de que tudo é de Deus, vem de Deus e deve ser consagrado de volta a Deus e Samuel teria sido o centro da vida de Ana. Não fosse essa visão de Ana, Samuel teria sido o seu deus, a razão da sua vida.
O Pr Hernandes Dias Lopes conta que seu nascimento foi um milagre e que sua mãe o consagrou no nascimento:  Quando nasci, nos idos de 1958, no interior do Estado do Espírito Santo, minha família morava num lugar desprovido de recursos. Naquela época tudo era muito difícil no lugarejo que os meus pais viviam. Quando uma pessoa ficava doente, era levada de maca para buscar tratamento há mais de 20 quilômetros de distância. Minha mãe estava grávida do seu último filho. Em estado adiantado de gravidez, ela ficou gravemente enferma. Estava à beira da morte, quando meu pai percebeu que ela não agüentaria uma viagem de maca. Mandou um mensageiro ir à vila mais próxima buscar o farmacêutico. Ele chegou, examinou a minha mãe e disse: "Não tem jeito, ela vai morrer. O seu caso é muito grave." Meu pai, aflito, insistiu com ele para tratar de minha mãe. Ele então disse: "A única solução é sacrificar a criança que está no seu ventre. Se não tirar a criança, morre ela e o filho." Meu pai, atordoado pela dolorosa notícia, comunicou à minha mãe a opinião do farmacêutico. Ela, com determinação e fé disse: "Eu não abro mão da vida do meu filho. Estou pronta a dar a minha vida por ele. Estou pronta a morrer com ele." Naquele momento de dor, minha mãe fez um voto a Deus, dizendo: "Senhor, se tu poupares o meu filho, eu o consagrarei a ti para ser um pastor, um pregador da tua Palavra." Deus ouviu a oração de minha mãe. Ela foi curada, e eu nasci com saúde. Fui criado na roça, trabalhando na lavoura. Contudo, desde cedo tive muita vontade de estudar. No lugar onde morava, todavia, ninguém ia além do primário. Minha querida professora,que me alfabetizou, mudou-se para Vitória, a capital do Espírito Santo e convidou-me para morar em sua casa. Com doze anos de idade, sem antes nunca ter dormido uma noite fora de casa, subi na carroceria de um caminhão e fui morar numa humilde casa, à beira de um mangue. Passei dificuldades, mas levei adiante os meus estudos. Na verdade, eu tinha um sonho. Queria ser advogado e político. Não perdia um comício sequer. Gostava de ouvir os oradores. Ao completar os meus dezoito anos, tirei o meu título de eleitor e me filiei a um partido político. Todavia, aos dezenove anos, Deus colocou a sua mão sobre mim e chamou-me para o ministério. Deus mudou o curso da minha vida. Fui para o seminário me tornei pastor. Hernandes Dias Lopes é Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em campinas. São Paulo e Doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary de Jackson, Mississipi, Estados Unidos, pastoreia a mesma igreja  desde 1985 e tem mais de trinta livros publicados.
Quantos pais hoje têm a coragem de consagrar seus filhos para Deus como fez Ana? Como fez a mãe do Pastor Hernandes?
Muitas pessoas transformam as bênçãos de Deus em ídolos. Prosperam e colocam o seu coração na riqueza, deixando Deus de lado. Casam-se e fazem do cônjuge um ídolo, abandonando o Senhor. Têm filhos e vivem em função deles em vez de consagrá-los a Deus e criá-los para o Senhor.
O que você tem apresentado ao Senhor? Tudo o que você tem é de Deus. A casa que você mora, o carro em que você anda, o salário que você recebe, a família que você tem, a sua própria vida; tudo é de Deus.


UMA MÃE CUIDADOSA cap. 2 v.18-21
2.18   Samuel ministrava perante o SENHOR, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho. 2.19   Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano, lha trazia quando, com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual. 2.20   Eli abençoava a Elcana e a sua mulher e dizia: O SENHOR te dê filhos desta mulher, em lugar do filho que devolveu ao SENHOR. E voltavam para a sua casa.
Samuel era um filho que alegrava o coração dos seus pais. Ainda menino, já estava com sua estola sacerdotal fazendo a vontade de Deus para sua vida. Sua mãe ia uma vez por ano o visitar, e levava um presente para ele: uma túnica.
Depois Ana vai ter outros filhos: 2.21   Abençoou, pois, o SENHOR a Ana, e ela concebeu e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR.
ILUSTRAÇÃO - Um garoto que padecia de uma terrível surdez parcial. Certo dia, ao voltar da escola trouxe consigo um recado para seus pais. Em secas linhas, a professora sugeria a estes que o melhor que fariam seria tirar o menino da escola. E explicava por que: “ele não tem inteligência para aprender nada” . Em vez de deprimir-se com o pessimismo do recado, a mãe do garoto simplesmente afirmou: — E claro que meu filho Tom tem inteligência para aprender, sim. Eu mesma serei a professora dele. A partir dai, além da tarefa da criação, tomou sobre os ombros também a da instrução escolar de seu filho.  Tom aprendeu, cresceu, tornou-se um bom profissional. E quando morreu, anos mais tarde, o pais inteiro o homenageou, apagando as lâmpadas por um minuto, lâmpadas que ele próprio havia inventado. Tom — era assim que a família de Thomas Edison o chamava  — inventou não somente a lâmpada, mas também a câmara fotográfica, o mimeografo, o fonografo, o transmissor a carvão, o filme movimentado, o gravador, o microfone e mais de mil outras coisas  registradas como invenções suas.
Assim como a mãe do Samuel, a mãe de Tomas Edison, são mães cuidadosas. Que se preocupam com seus filhos e investem em seus filhos.
As vezes esses filhos são ingratos! Se esquecem dos benefícios que os pais fizeram por ele.
ILUSTRAÇÃO - TOTALMENTE PAGO - Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito. Depois que secou as mãos e tirou o avental, ela leu: * Por ter cortado a grama do jardim: R$3,00 * Por limpar meu quarto esta semana: R$1,00 * Por ir ao supermercado em seu lugar: R$2,00 * Por cuidar de meu irmaozinho enquanto voce ia as compras: R$2,00 * Por tirar o lixo toda semana: R$1,00 * Por ter um boletim com boas notas: R$5,00 * Por limpar e varrer o quintal: R$2,00 * TOTAL DA DIVIDA: R$16,00 A mae olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. Finalmente, ela pegou um lapis e no verso da mesma nota escreveu: * Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida – NADA * Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti – NADA * Pelos problemas e pelos prantos que me causastes – NADA * Pelo medo e pelas preocupacoes que me esperam – NADA * Por comidas, roupas e brinquedos – NADA * Por limpar-te o nariz – NADA * CUSTO TOTAL DE MEU AMOR – NADA Quando o menino terminou de ler o que sua mae havia escrito tinha os olhos cheios de lagrimas. Olhou nos olhos da mae e disse: ”Eu te amo, mamae!!!” Logo apos, pegou um lapis e escreveu com uma letra enorme: TOTALMENTE PAGO!”


CONCLUSÃO
2.21   Abençoou, pois, o SENHOR a Ana, e ela concebeu e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR.
O sonho de Deus para Ana não era apenas que ela fosse mãe, mas mãe do maior profeta daquela geração. Samuel não seria um homem comum, mas aquele que traria o povo de Israel de volta para Deus, o último e o maior juiz de Israel.
Samuel seria o homem que restauraria a credibilidade do sacerdócio tão desgastado com o ministério repreensível de Hofni e Fineias. Samuel seria o grande instrumento que Deus usaria para ungir Saul como o primeiro rei de Israel e Davi como o seu sucessor

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