A tragédia ocorrida em Brumadinho–MG, no dia 25 de
janeiro de 2019, talvez a maior até agora nas últimas três décadas em
rompimento de barragens de mineração, causou comoção e perplexidade na maior
parte dos brasileiros, em quase toda Minas Gerais e em vários lugares do mundo.
Morte de homens e mulheres; sepultamentos múltiplos;
destruição de famílias, sonhos e ideais; destruição de animais e espécies
vegetais da região afetada. Milhares foram sacudidos por uma tristeza que dói
fundo, saudade que parte o coração, sensação de impotência, vulnerabilidade,
revolta e outros sentimentos que nem temos palavras para expressar. A dor de um
se tornou a dor de todos. A cidade está de luto e muitos de nós nos sentimos
como que participantes de um luto coletivo.
Em meio a essa tragédia é digno de grande reconhecimento
o trabalho tenaz de Bombeiros Militares, da Defesa Civil e de todos os
socorristas tanto da Polícia Militar, Polícia Civil, Aeronáutica, Marinha,
Exército, civis e voluntários. De modo especial àqueles que, afundados na lama,
procuram salvar vidas de pessoas e animais ou mesmo no resgate de corpos. É
destacável, também, a solidariedade demonstrada por Israel ao enviar uma equipe
de pessoas e equipamentos que podem somar nesta hora tão dura para Minas Gerais
e o Brasil.
Emociona, mais uma vez, a solidariedade de milhares de
pessoas, empresas e corporações com suas doações e voluntariado. No entanto, a
Defesa Civil alerta que voluntários em áreas técnicas devem cadastrar-se pelo
telefone 0800 285 7000, uma vez que não são permitidos voluntários avulsos
atuando nas áreas afetadas. Voluntários são bem-vindos, mas de preferência os
que sejam da região ou que possam retornar para seus lares a cada jornada.
Alguns pastores amigos – na cidade e região – me informaram que não têm
logística em suas dependências para abrigar os voluntários que desejam ir para
permanecer lá.
É importante orar, insistir e exigir para que haja
investigação com licitude, agilidade e zelo, para se descobrir as causas e
responsáveis pelo rompimento da barragem. E, comprovada pela investigação, a
negligência, cumplicidade e irresponsabilidade, que sejam julgados de acordo
com o rigor da lei, sejam eles empresa, políticos e/ou profissionais.
Em tempos de luto coletivo é necessário orar, servir e
consolar desinteressadamente. Orar por decisões sábias e corajosas dos governos
municipal, estadual e federal. Orar pelos pastores e igrejas da cidade e
região. Orar pelos médicos, terapeutas, técnicos, capelães e outros
profissionais que estão servindo a população. Orar por consolações
sobrenaturais. Orar para que famílias inteiras tenham um encontro pessoal com
Cristo, nosso Senhor. Orar e encorajar as pessoas a valorizar mais e mais a
vida e os seus queridos.
A Igreja de Cristo tem um papel fundamental, pois conhece
o Espírito Santo, o Consolador. Cheguemos perto dos que sofrem para estender
nosso abraço carinhoso, solidariedade, compaixão e apoio que ajudem na fé em
Jesus Cristo, nosso Senhor, na consolação, reconstrução da vida, da esperança e
da paz na cidade.
Pr. Jeremias Pereira · Pastor Titular da Oitava Igreja
Presbiteriana de Belo Horizonte
Fonte: www.oitavaigreja.org.br
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