Arnaldo
Jabor, comentarista da CBN, é conhecido por seu sarcasmo e sua refinada ironia.
Recentemente falou sobre algumas doenças que os brasileiros sofrem:
A primeira
é a da apatia, do grupo resignado e que diz “não dá para fazer nada”;
A segunda,
do cinismo, que olha para a situação toda de descalabro e descaso e diz “tem
mais é que meter a mão, não vou respeitar mais nada, eles é que estão certos”;
A terceira,
a indiferença, que afirma: “nem ligo mais para as coisas que estão acontecendo,
na verdade nem quero saber de ouvir as notícias”;
A quarta é
do ódio, pessoas que se tornam reativas e respondem à situação com raiva, “tem
mais é que matar estes canalhas, colocar todos num paredão e exterminá-los!”,
A quinta,
do radicalismo, são os kamikazes, suicidas vivos que dizem: “ainda bem que vou
morrer um dia e para de ver estes canalhas em ação”, ou de atitudes radicais:
“Fecha o Congresso! A ditadura tem de voltar!”
É natural
que o excessivo contato com bactérias e fungos da corrupção e a exposição
constante à radioatividade do mau humor e do cinismo dos poderes constituídos
no Brasil, quebrem o sistema de imunidade do corpo e o levem a se tornar
vulnerável e frágil, expostos às mazelas e enfermidades que circulam pelo
intoxicado ar da combalida democracia brasileira. Em situações assim,
precisamos de um bom sistema de proteção e bons antídotos que nos protejam.
Creio que
um episódio da história mundial, pode nos inspirar. A operação Dínamo,
evacuação militar que se deu em Dunkirk, na França, entre os dias 26 de maio e
4 de junho de 1940, entrou para a História como um dos momentos mais dramáticos
da Segunda Guerra Mundial. As tropas britânicas que se encontravam naquela
região da França empurradas pelos nazistas e chegaram a uma estreita faixa de
área do Canal da Mancha. A situação dos 330 mil soldados se tornou
desesperadora, a não ser que os britânicos enviassem embarcações para
resgatá-los, e então aconteceu o inesperado. A Marinha Britânica convocou os
civis a cruzarem o Canal e participarem da evacuação dos soldados.
Incrivelmente, entre 800 e 1,2 mil embarcações, entre barcos pesqueiros, iates,
se apresentaram para ajudar no resgate. E, no final, graças às incontáveis idas
e vidas das pequenas embarcações civis cerca de 338 mil soldados foram salvos.
Nesta
ocasião, Winston Churchil fez um dos mais importantes discursos da
história: “... Nós não devemos enfraquecer ou fracassar. Iremos até
ao fim... nunca nos renderemos”. Grandes crises são oportunidade de mudanças
significativas. Homens fortes são forjados na luta e nos tempos de dificuldade,
grandes estadistas e cidadãos surgem em períodos de derrocada e fracasso.
Autor:
Samuel vieira. Pastor na Primeira Igreja Presbiteriana de Anápolis desde 2002
Fonte:
http://revsamuca.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário