terça-feira, 10 de outubro de 2017

OS 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE, QUE ABALOU O MUNDO

Ancelmo Gois me pediu para escrever um texto sobre a Reforma Protestante e o publicou na coluna do primeiro dia do ano. O momento em que Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica e iniciou a Reforma está completando 500 anos em 2017. É, sobretudo, um fato laico porque provocou profundas transformações na sociedade da época. Abaixo o artigo:
“Como em toda revolução, o ato inicial da Reforma Protestante foi feito sem que o padre e professor Martinho Lutero tivesse a noção da dimensão das transformações das quais aquele momento seria o marco inaugural. Ele queria o debate. E, por isso, afixou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg, num texto em que convidava quem não pudesse estar presente a apresentar suas ideias por escrito. A Igreja Católica passara a conceder o perdão mediante contribuições financeiras. Lutero considerava que isso era venda do perdão, o qual só poderia ser concedido por Deus diante do arrependimento e da fé. Eram curtas, as teses de Lutero, mas profundas. Como a de número 76: ‘As indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais.’ Foi o começo do fim de uma era.
Em 2017, o ato de Lutero faz 500 anos. A sucessão dos eventos foi avassaladora. Ele contestava o poder do Papa quando o mundo queria discutir a separação entre a Igreja e o Estado, e os países exigiam autonomia nacional. Lutero combatia a ideia de que só os sacerdotes podiam interpretar o texto sagrado e, por isso, traduziu a Bíblia para disseminá-la. Com a invenção do tipo móvel por Johannes Gutenberg, estava aberta a possibilidade de impressão em grande escala. Para que as ideias avançassem pela Europa, era preciso que houvesse mais leitores, e isso alavancou os movimentos de alfabetização dos fiéis. O mundo foi mudando. A própria Igreja Católica passou por mudanças a partir dali. Desafiada, ela encontrou o caminho de se fortalecer na Contrarreforma.
Apesar de ter nascido de uma discussão teológica e doutrinária, a Reforma é, sobretudo, uma efeméride laica porque representou valores universais que marcaram o fim da Idade Média e prenunciaram o Iluminismo.
Com meu pai, conversava ainda menina sobre a Reforma, mas, apesar de ser um tempo de maior distância entre as religiões, ele não a apresentava como uma ideologia anticatólica, mas como um momento de avanço do mundo das ideias. Afinal, para os protestantes, Lutero não é santo. Foi apenas um homem que contestou o poder vigente e, naquele momento, ajudou a abrir as janelas para uma nova forma de pensar.
Por ter tido educação protestante, nunca achei que 31 de outubro é o dia das bruxas. Sempre foi o dia em que Lutero, em 1517, começou uma revolução”.

POR MÍRIAM LEITÃO

Fonte e Foto: 
Globo.com


Legado da Reforma Protestante

Que dias gloriosos, quando o homem retornou ao entendimento de que deveria viver para a Glória do seu Senhor; e que para isto, as Sagradas Escrituras bastavam.

Dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da Igreja-Castelo de Wittenberg suas 95 Teses, que tratavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé somente. Este foi o estopim da Reforma Protestante, que há anos vinha sendo abastecida com muita pólvora, e que quando foi acesa abalou o mundo.

Mas a única forma de entender o que foi a Reforma e o que ela significou para a história do cristianismo é analisando a situação espiritual da época.

Três tipos de ansiedade estavam presentes na Baixa Idade Média: Morte, culpa e perda de sentido. Estes sintomas tinham causas profundas, que começavam com a intensa crise agrária e se intensificavam com as pestes que devastaram pelo menos um terço da população europeia.

A morte era um tema usual, e a igreja vigente tomou proveito desta situação para expandir seu domínio religioso e político.

Entre os muitos abusos do catolicismo medieval, se encontram: O abuso papal, com a implementação de um complexo sistema de penitências visando lucro e não o arrependimento; A pretensão papal, ou seja, a reivindicação papal quanto à autoridade apostólica como cabeça da igreja, considerando a si mesmo santo e infalível, o vigário de Cristo; O cativeiro da Palavra, quando a leitura e a interpretação bíblica estava somente em poder dos eruditos e bispos; A exaltação do monasticismo, de forma que acreditava-se que aqueles que viviam em mosteiros viviam uma vida espiritual superior; A mediação usurpada, que era a crença de que a humanidade poderia recorrer à Maria, aos santos e aos sacramentos como forma de obter mediação com Deus; O papel das boas obras, afirmando que para a graça não bastava para a salvação; entre muitos outros abusos.

A resposta protestante a estes abusos deu-se em cinco gritos de guerra ou lemas da Reforma:

(1) Sola Scriptura – Somente a Escritura possui autoridade absoluta, de forma que  os cristãos devem ser guiados pela Bíblia, a igreja deve se submeter aos seus ensinamentos e os governantes devem subordinar-se aos valores da Palavra de Deus.

(2) Sola Gratia –  Somente a Graça, ensinando que nossa salvação é iniciado e completada apenas pela Graça Soberana de Deus.

(3) Sola Fide –  Somente a Fé é o meio pela qual a justificação chega ao pecador.

(4) Solus Christus –  Somente Cristo, tanto a graça quanto a fé enfatizam que a salvação é somente por meio de Cristo, ou seja, Cristo é o único Salvador.

(5) Soli Deo Gloria –  A Glória somente a Deus, enfatizando que o principal propósito do homem é glorificar a Deus em todas as suas atitudes, e que o principal deleite do homem é louvar a Deus.

Com estes lemas principais, a Reforma Protestante foi tomando forma, e trouxe uma esperança jamais imaginada pelos habitantes da Europa Medieval, uma esperança bíblica que havia sido escondida e manipulada pelos poderosos.

A Reforma tomou proporções inimagináveis, alcançando diversas partes do mundo. Neste ponto deve ser mencionado que a Reforma de forma alguma foi um movimento humano, mas divino, operado pelo Espírito Santo de Deus, que moveu homens dispostos a proclamar as verdades bíblicas a qualquer custo, nem que isto os levasse à morte, como de fato aconteceu. Alguns destes homens foram: John Wycliffe (1324-1384) e John Hus (1372-1415), os precursores da Reforma; Martinho Lutero (1483-1546) e Ulrico Zuínglio (1484-1531), os Reformadores da Primeira Geração; João Calvino (1509-1564), Philip Melanchthon (1497-1560) e John Knox (1513-1572), os Reformadores da Segunda Geração; entre centenas de outros.

Reformar é necessário, e este era o lema de Calvino: “Igreja reformada, sempre se reformando”. Porém, é necessário entender que essa reforma não é inovação, modernização do conteúdo da fé, mas sim restauração do entendimento desse conteúdo, e isso implica em olhar para frente compreendendo o que a relação em Cristo nos legou. Assim, a questão não se impõe com novos métodos, mas sim com o velho método, que nos faz voltar sempre à Palavra, extraindo dela aquilo que de fato ela ensina. A Palavra é a referência, e assim deve permanecer.

Cremos que a vida cristã deve ser dirigida pela Palavra de Deus, por isso devemos produzir Reforma, e acima de tudo sermos reformados, a fim de viver plenamente. Essa foi a promessa de Deus e é o Seu desejo, conforme falou por Josué ao Seu povo: “Não cesses de falar deste livro da Lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” (Js 1:8).


Por Alexandre Amin de Oliveira

https://bereianos.blogspot.com.br/2013/06/legado-da-reforma-protestante.html

NA NOVELA DA VIDA REAL OS MOCINHOS ESTÃO MORRENDO NA BR-153

Fica Temer ou sai Temer? Volta Lula? Vem Bolsanoro? O PSDB vai de Doria ou Alckmin? Correndo por fora Marina ou Ciro? Meirelles será o fator surpresa? O tabuleiro político segue se movimentando, uma novela com grandes surpresas a cada novo capítulo.
Alheio a tudo isso, nesse vai e volta de conjunturas, de alianças, de composições e apostas do futuro político, seguem, dia após dia, novas e sucessivas tragédias na vida real da BR153.
Pavimentada nos idos da década de 70, a popular “Belém – Brasília” ainda se apresenta como a quarta maior rodovia federal do país, figurando como principal eixo de ligação entre as regiões centro sul com o meio norte do Brasil.
Em que pese sua importância econômica e o intenso fluxo de veículos, fato é que já há vários anos sua estrutura não comporta o seu próprio movimento.
Se na década de 70 os caminhões toco (com apenas um eixo) tomavam conta do cenário, hoje carros de passeio disputam espaço com bitrens de seis eixos numa pista simples de uma das mais movimentadas e extensas rodovias do país.
O resultado dessa mistura todos conhecem: sucessivos acidentes, tragédias familiares, mutilações em série, prejuízo econômico com mercadorias não entregues no prazo, danos materiais com as colisões, dentre tantos outros.
No trecho entre Anápolis/GO e Aliança/TO, o mais novo acontecimento foi a cassação da concessão da empresa que havia ganho a privatização para duplicar e administrar a rodovia. A previsão é que será designada nova licitação para escolha de uma nova empresa.
Mas esse vai e vem se arrasta desde 2014 quando a primeira licitação foi realizada e melhoras de fato até agora não foram apresentadas.
A justificativa para essa inércia permanente tem sido sempre a “instabilidade política” nacional.
E enquanto essa novela política não termina, vão os pais e mães de família, os verdadeiros “mocinhos”, sendo mutilados ou morrendo nos caminhos ligados pela BR153.
Até quando?

Márcio Luís, advogado, mestre em direito pela UnB e presidente da Associação Comercial de Porangatu.

Outubro rosa: tudo o que você precisa saber para prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de mama

Descoberto em estágio inicial, o câncer de mama tem cura quase certa – o sucesso do tratamento chega a 90% . Entenda o por que a prevenção é fundamental na luta contra a doença

A prevenção
Sem dúvidas, a detecção precoce salva vidas. O ideal é identificar o tumor quando ele ainda não é palpável, o que aumenta a chance de cura. Outras vantagens de detectar o câncer logo cedo é fazer uma cirurgia e um tratamento menos agressivos – ou seja, pode não ser necessário retirar a mama ou até fazer quimioterapia.
Exame clínico
A partir da primeira menstruação, as mulheres devem visitar o médico ginecologista pelo menos uma vez por ano. Ele passará orientações a respeito dos exames ginecológicos necessários de acordo com a idade, histórico familiar ou sintomas. Durante a consulta, ele realizará exames clínicos nas mamas e axilas para checar se há algum caroço ou alteração na pele que possa indicar algum problema.
Autoexame
As mulheres podem, em casa, fazer o autoexame com cuidado, preferencialmente uma vez por mês, sempre a partir do final da menstruação ou, na menopausa, em um dia específico do mês. É  importante que as mulheres estejam atentas ao seu corpo e ao sinal de qualquer tipo de alteração, sendo então importante comunicar ao médico. Lembre-se: o autoconhecimento não substitui o exame clínico realizado pelo médico ou a mamografia. Tumores em estágio inicial não costumam apresentar sintomas. Mais: eles só se tornam sensíveis ao toque numa fase posterior. Então, repita conosco: só o autoexame não basta!
Como fazer:
1.      Diante do espelho, em pé e com os braços soltos ao longo do corpo, observe o bico dos seios e a aréola. Veja se há retração ou mudança na cor da pele, da superfície ou do contorno da mama.
2.      Levante os braços acima da cabeça e observe se há retração na pele da mama ou do mamilo.
3.      Deitada, coloque um travesseiro sob o ombro direito, ponha o braço direito atrás da cabeça e, com a mão esquerda, apalpe a mama direita.
4.      Em movimentos circulares suaves, aperte toda a mama com a ponta dos três dedos médios juntos, sem tirá-los da pele, para sentir se há nódulos ou endurecimentos. O movimento da mão deve ser leve e de cima para baixo. Revise também embaixo das axilas.
5.      Repita os movimentos apalpando a mama esquerda com a mão direita. O autoexame pode ser feito durante o banho, com as mãos ensaboadas. Sentiu algo errado. E agora? Se você percebeu um nódulo, é hora de calma e prudência. Ligue para o médico e marque sua consulta para poder fazer a mamografia.
Hábitos Saudáveis
É comprovado: dieta saudável e atividades físicas podem evitar 28% dos casos de câncer de mama. Com algumas dicas simples, você pode mudar sua rotina. Veja só:
·         Cerca de 30 minutos diários de caminhada, por exemplo, ajudam a manter o corpo ativo.
·         Seguir uma dieta balanceada, rica em vitamina A (Caroteno ou Retinol) com pouca gordura, muitas frutas e legumes só traz benefício para as mulheres.
·         A vitamina A é responsável pela defesa imunológica do organismo e atua na proteção contra doenças infecciosas. É encontrada naturalmente em diversos alimentos, como frutas, verduras e fígado. Frutas: melão, damasco, papaia, manga. Vegetais: cenoura, brócolis, batata-doce, couve, espinafre, abóbora, ervilha, beterraba. Outras fontes de vitamina A: fígado (maior fonte), manteiga e ovos.
·         O controle de peso, principalmente após a menopausa, é aliado para evitar o câncer de mama.
·         Evitar álcool e cigarro. O consumo de dois cálices de bebidas alcoólicas ao dia aumenta o risco relativo do câncer.


Fonte https://claudia.abril.com.br



IGREJA REFORMADA, SEMPRE SE REFORMANDO

“Eclesia Reformata et Semper Reformanda est”
A frase em latim é atribuída ao teólogo reformado holandês Gilbertus Voet (1589-1676). Ela teria sido proferida durante o Sínodo de Dort, realizado em Dordrecht, Holanda, entre novembro de 1618 e maio de 1619.
É certo que há muitas interpretações para esta frase, mas abaixo declaro minha compreensão, tentando ser fiel ao reformador holandês.
A igreja não consegue mudar a si mesma. Quem muda e transforma a igreja é o Cabeça, nosso Senhor Jesus Cristo.
A igreja reformada sempre se reformando não quer dizer que a cada geração a igreja adeque seu ensino ao sabor das ideologias políticas, sociais, sexuais, de gênero ou seja o que for.
A igreja precisa de uma reforma constante em cada geração, isto é, retornar sempre às Sagradas Escrituras sob a orientação e iluminação do Espírito Santo. Pois, a cada geração, surgem novas heresias ou velhas heresias ganham um novo colorido. O Espírito Santo, Aquele que capacita a igreja para compreender as Escrituras e responder os desafios de cada geração, está presente para transformar, orientar e fazer a igreja florescer e frutificar. As reformas das quais a igreja precisa em cada geração são no sentido de uma compreensão das Sagradas Escrituras e que levem a uma aplicação e uma prática relevante para que Cristo seja glorificado.
A igreja de Cristo precisa compreender que dentro da igreja institucionalizada (qualquer que seja o modelo de estrutura), lobos devoradores surgem do meio do rebanho procurando desviar os fiéis das doutrinas da Graça. É necessário que a igreja seja sempre restaurada ao primeiro amor, à fé em Cristo, à certeza de que a salvação é unicamente pela Graça, por intermédio de Cristo Jesus e que todo crente deve dar Glória somente ao Deus vivo.
A igreja pode viver uma firmeza doutrinária (ortodoxa) mas uma ortodoxia fria, sem fervor, sem paixão, sem amor a Cristo. É doutrina com um fim em si mesma. Ela precisa ser reformada.
A igreja pode viver um frenesi de misticismos idólatras no qual a palavra humana e os sentimentos humanos sobrepõem as evidentes verdades bíblicas. A igreja precisa ser reformada.
A igreja pode viver em busca da prosperidade material e do dinheiro exclusivamente e não pregar mais o arrependimento, a fé, e a santificação, a doutrina sobre o inferno, a volta de Cristo, os novos céus e nova terra. Quando a ênfase da mensagem está no dinheiro e prosperidade financeira, a igreja precisa ser reformada.
A igreja pode viver apenas voltada para a religião, o religiosismo e o legalismo, em que os frequentantes são apenas consumidores de cultos, produtos e programas religiosos sem piedade verdadeira e sem buscar a santificação. A igreja precisa ser reformada.
A igreja pode viver apenas na sua força da carne quando firma em seus diplomas, cursos, doutorados, seminários, milhares de fiéis, orçamento grande, ampla estrutura administrativa, etc. sem aquela humildade e dependência da unção e capacitação do Espírito Santo. A igreja precisa ser reformada.
A igreja pode mundanizar-se: Suas práticas conciliares, tomadas de decisões, a maneira como usa o dinheiro, a conduta dos crentes nos negócios, na política, no lar, na escola, na prática da ética e na conduta sexual não difere dos que não temem a Cristo. A igreja precisa ser reformada.
A igreja precisa mesmo ser reformada e restaurada no seu compromisso pessoal com o estudo da Palavra de Deus. Restaurar o amor e a comunhão tanto entre os de casa quanto no templo.
A igreja precisa ser reformada em seu amor por missões, amor pelos que sofrem, amor pelos perdidos e enfatizar as grandes doutrinas da graça: Sola Scriptura, Sola Fide, Solus Christus, Sola Gratia, Soli Deo Gloria, isto é, Só a Escritura, Só a Fé, Só Cristo, Só a Graça e Glória somente a Deus.


Pr. Jeremias Pereira
Pastor Titular da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte

Fonte: www.oitavaigreja.org.br


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

INFIDELIDADE CONJUGAL

INTRODUÇÃO
    
Infidelidade não é assunto novo; não é exclusivo de nossa sociedade moderna e nem da liberalidade sexual do século XX.

Em todas as épocas da história do homem e em todas as culturas, fidelidade no casamento tem sido aceito por uns e rejeitado por outros.

    Há duas formas, portanto, de se encarar o casamento:

Uma, é olhar a fidelidade ao cônjuge como opção, podendo ser descartada quando de interesse próprio.

A outra é uma posição absoluta, um compromisso de vida, até que a morte os separe. O mundo nos ensina a adotarmos a primeira opção, mas Deus, porém nos indica a segunda. O futuro de nossos casamentos, bem como, de nossas próprias vidas, dependerá de qual das duas posições assumirmos.

    Deus refuta qualquer argumento a favor da infidelidade. Deixou isso bem claro em Pv. 5.15-18.
    Também a sociedade nos apresenta quatro sedutores argumentos, os quais não passam de verdadeiras mentiras; mas é bom lembrarmos, pois moramos nesta sociedade. Veja o que ela nos diz:

1-    A liberação sexual é que torna o casamento feliz, realizado e maduro.

Mas, o que ocorre, na realidade, é bem o contrário. Quando os cônjuges se amam e outro comete adultério, nenhum dos dois se sentirá mais feliz realizado e muito menos, o amor entre ambos será amadurecido. O que fica é: amargura, solidão, sentimento de rejeição e ódio.

2-    A realização pessoal deve ser prioridade em sua vida.

2.1- Se o seu cônjuge não é o que você esperava que fosse você tem o direito de descartar-se dele e aventura-se em outras pastagens.

    Deus atira pela janela esse tipo de argumento ao dizer em Filipenses 2.3. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um aos outros superiores a si mesmo. Ele quer dizer que precisamos colocar as necessidades de nossos cônjuges antes da nossa.

3-    Ser fiel não é saudável, cria insegurança e mina a auto confiança de cada um dos parceiros.

Uma das situações que mais corrói a autoconfiança e abala a segurança de alguém é a infidelidade. Tanto para quem trai quanto para quem é traído- Pv. 3.7 e 8.

4-    As conseqüências da infidelidade na família são temporárias e , após esse tempo, todas as coisas voltam a se encaixar e a vida prossegue normalmente.

Uma vez que a infidelidade atinja um lar, nenhum de seus membros continuará a ser o mesmo. A infidelidade destrói vidas e deixa cicatrizes permanentes. Pv. 5 nos mostra que a infidelidade termina em amarguras, perda, dor e até em morte.

Os laços do compromisso no casamento foram estabelecidos por Deus para nossa felicidade e não para nossa tristeza. Ele nos fez e sabe, melhor do que ninguém, como a infidelidade nos afeta mental, espiritual e emocionalmente.

Não existe nenhuma cola mágica que possa colar um casamento após um vendaval de infidelidades. Mas existe um Jesus que pode. Ele perdoou a Davi, perdoa você também. Basta levarmos a ele os pedaços que restaram; e Ele fará um vaso novo.

II- Caminhos de infidelidade:

1-    Decepção- Quando um dos dois chega à uma conclusão de que aquela expectativa do óbvio não está sendo atendida;

2-    Desilusão- Descobre-se que o relacionamento não tem um dispositivo automático para o sucesso e que nem tudo é como a gente quer;

3-    Desinteresse- Quando um dos dois percebe que as perspectivas de mudanças são remotas e o casamento só, não é a fonte das experiências mais ricas. Acontecem nessa fase o distanciamento emocional do cônjuge e o aparecimento do(s) amante(s).

4-    Indiferença- Quando os cônjuges chegam ao ponto de buscarem satisfação em outros mananciais que não um no outro. Já não se importa mais a que horas o marido chegou, onde a esposa passou à tarde, etc...

5-    Aversão - Quando um dos dois marca hora com o pastor ou advogado.

    A primeira coisa que devemos nos lembrar é que o 1º degrau para baixo foi o comportamento inadequado de um dos cônjuges. Ex: aquela frase, fatos e circunstâncias que magoaram tanto, deixando marcas profundas, etc...

    As mágoas, com o passar do tempo elas se solidificam, tornando-se mágoas sossegadas, e mesmo que haja uma mudança de comportamento não chega a apagar as marcas deixadas para trás.

    Devemos, portanto, fazer uma avaliação de nosso casamento, constantemente.

III- Avaliação do Casamento

    Muitas pessoas prudentes fazem um chek-up de saúde por ano a fim de combater possíveis problemas. Os cristãos também estão sempre avaliando suas vidas espirituais. Proprietários de carros também fazem, regularmente, uma revisão. Mas o casamento que tanto tem a ver com a felicidade ou desgraça das pessoas, é frequentemente deixado de lado, é quando ocorre de ser avaliado, geralmente é precipitado por uma crise que ameaça sua estabilidade. Preferimos ignorar o desenvolvimento de rachaduras no casamento, o que na realidade são evidências de nossas carências emocionais.

Como seria essa avaliação do casamento?

- Seu cônjuge recebe mais carinho do que críticas?

- Seu tempo de lazer é aproveitado para estarem juntos?

- Vocês são capazes de gastar algum tempo só para os dois?

- Os desentendimentos são contornados sem guardar rancores?

- Há um relacionamento nas tarefas domésticas?

- Existe em seu relacionamento um bom equilíbrio em relação ao dinheiro, sexo, trabalho, etc...

- Sua vida sexual está causando satisfação a ambos?

- Um dos dois está se envolvendo com alguém fora do casamento?

- Você se sente desejado, amado e respeitado?

- No seu relacionamento está faltando alguma coisa que você julga necessário?

- Você não está fazendo cobranças mais do que seu cônjuge possa dar?

- Algumas coisas são necessárias para a retomada de um relacionamento a dois

- É necessário que os cônjuges tenham uma firme convicção acerca do plano de Deus para a sua vida conjugal e que, antes de se encararem como cônjuges, encarem-se como Cristão. Deus será chamado novamente a participar desta restauração.

- Só existe relacionamento de troca quando os envolvidos têm o que trocar entre si. Quando o relacionamento conjugal vai empobrecendo, os cônjuges entram no mesmo processo. O razoável nessa fase é que um dos dois comece a cuidar de si mesmo, auto avaliar-se, avaliar o relacionamento, ganhar uma visão objetiva do outro e traçar os caminhos de ajuda e do investimento no próprio relacionamento.

- Se Deus vai agir nesse relacionamento, ele precisa de uma porta de entrada, seja para permanência ou não do relacionamento. Deus também pode lhe ajudar a dar a volta por cima, o que permitirá que o outro olhe para trás e veja que pessoa maravilhosa que ele (a) perdeu.

- A ideia do adultério começa como uma sugestão diabólica, germina semente e termina com vidas destruídas por aquele que veio matar, roubar e destruir.

IV- Um caso extraconjugal 
Nenhum bom crente se levanta de manhã e diz: “Puxa, que dia lindo! Vou cometer adultério!” Não obstante, há muitos que o fazem. (Florence Littauer)

a)    Como um caso aparece
b)    O que faz com que continue
c)    Quais as suas conseqüências
d)    E quem são as vítimas

a)    Os casos não começam num piscar de luzes vermelhas de advertências. O dia não começa com sol enegrecido, nem com uma intranqüilidade interior, ou uma voz que diga: “reforcem suas defesas, a tentação está chegando”. Temos o exemplo na Bíblia de Davi com Bete Seba e José com a esposa de Potifar. Nenhuns dos dois estavam com o pensamento de adulterar, mas foram pegos de surpresa.

Quem era Davi; - um rei com 39 anos de idade

- homem segundo o coração de Deus 
- estava vindo de um período de prosperidade e fama, onde havia destruído muitos inimigos
- havia recebido a promessa de Deus de que sua família governaria o seu povo para sempre
- acabara de restaurar as propriedades de Saul
- havia acolhido para morar no palácio o filho de seu amigo Jônatas
- dançou em frente da arca e de todo o povo, em agradecimento a Deus, etc...

Dificilmente Davi seria um candidato a um desastre pessoal, a uma terrível cadeia de eventos desencadeados como: adultério, engano, gravidez, homicídio, tragédia familiar e juízo de Deus.

Quem era Bete-Seba - Mulher bela com 19 anos de idade, sem filhos
- casada com um amigo do rei Davi, homem de sua confiança
- seu marido era militar e estava à frente da batalha para conquistar novos territórios para o Rei.

Mas ambos caíram na armadilha preparada pelo inimigo de Deus: a tentação. Quando se dá lugar à tentação, ela se instala e começa o ciclo para alcançar os seus objetivos, a tentação apela para o desejo; desejo cria a fantasia, incendeia os sentimentos e os sentimentos clamam por ação. Agora começa a luta, a luta com suas fantasias, a sua carne, a sua fé e o seu futuro.

b)    Quando não há nenhuma hesitação, nenhuma espera consideração, medição de conseqüências ou desistências. Não se consegue ver além daquele momento, fora cegado pela paixão.

- Começa a conquista:
- quem é ele (a)?
- onde mora?
- o que faz?
- onde trabalha? Etc...
Foi o que aconteceu com Davi que chamou o seu servo e perguntou: quem é ela? Ele respondeu: ela é Bete-Seba, a esposa de Urias, seu servo.

c)    Ocultamento: durante dias e anos as coisas pareceram continuar como antes.

- Pessoa que tem reputação e integridade agora recorre a todo tipo de engano para salvar a pele;
- viver uma mentira torna-se fácil o desencadeamento de outras mentiras;
- a estratégia é a mesma: protege-se, culpam os outros, elimina as evidências.

d)    Um caso extraconjugal que tem continuidade sempre necessita de sacrifício:

- Davi matou Urias, ou mandou matar o esposo da amante;
- o filho de Bete-Seba morreu;
- Tamar, sua filha, foi violentada por seu irmão Amom;
-Amom foi morto pelo irmão Absalão;
-Absalão conspirou contra o pai e foi morto numa emboscada.

V- Sinal de alerta 

    As coisas não aconteceram simplesmente, toda ação tem uma causa. Ex: A febre é a manifestação de uma infecção... Um grito de alerta ao organismo.

Em muitos casos, a infidelidade conjugal é um sinal da necessidade de ajuda, advertência de que alguém está sofrendo, que suas necessidades não estão sendo supridas.

O ser humano enquadra-se em três categorias gerais: 

1) Imaturidade emocional – geralmente desencadeada na adolescência, onde se enfrenta os períodos mais traumáticos da vida; o da identidade pessoal, essa imaturidade é refletida no casamento, são pessoas de 40 ou 50 anos com comportamento de adolescente.

2) Conflitos não resolvidos- os conflitos são inevitáveis. Ex: dinheiro, filho, genro, estafa, parentes, hábitos, etc.. Tudo isto e mais são os causadores. Nesta situação para que um casamento sobreviva e prospere, precisa haver negociação, transigência e aceitação. O que é importante para um pode não ser para o outro.

3) Necessidades insatisfatórias- quando as necessidades não são satisfeitas, está aberta a porta para a infidelidade - outra pessoa que satisfaça essas necessidades.
Geralmente a pessoa necessitada clama para quem está ao seu redor:

- satisfaça minhas necessidades!
- ouçam-me!
- amem-me!
- entendam-me!
- cuide de mim!

Estamos numa casa vivendo juntos, mas não conseguimos suprir as necessidades do outro.

Temos cinco necessidades básicas que um cônjuge pode satisfazer:

1) Atenção: O ser humano precisa que lhes dê atenção, fazer com que se sinta que tem um valor.

2) Aceitação: Toda pessoa tem uma necessidade profunda de ser aceito pelo seu valor individual.

3) Afeição: São as coisas dão brilho ao namoro e ao começo do casamento, como beijar, abraçar, dar as mãos, carinhos, etc., mas no casamento são guardados no guarda-roupa junto com o vestido de noiva.

4) Admiração: O louvor verbal nutre o relacionamento. Marla Twain disse: “eu posso viver dois meses sustentada por um elogio”. Um bom elogio pode fazer com que a pessoa volte a sonhar e crer em suas capacidades, devolver o brilho dos olhos e vibração do coração.

5) Atividades: Muitos casamentos já caíram na rotina, se tornaram chatos e sem motivação.

Nenhuma pessoa pode suprir todas as necessidades do outro. Algumas são supridas por outros, outras pelas nossas vocações e ainda outras, somente por Deus. Porém, da mesma forma que ninguém ocupa o lugar de Deus, Deus também não ocupa o lugar do cônjuge.

VI- Há possibilidade de renovar e ressuscitar um casamento?

Se o casamento entrou no estágio de esquecimento ou talvez já tenha morrido, o caminho não é a infidelidade, devemos avaliar e tentar o caminho rumo à reconciliação. Como?

a) renove os compromissos que fez no dia do casamento. Deus é testemunha da aliança que foi feita, Ele esteve presente na sua festa de casamento. Os laços do matrimônio não são laços de fitas que amarram presentes, eles são “laços de aço”, forjados pelo calor através das crises, conflitos e pela confirmação constante dos compromissos e votos do casamento.

    O profeta Malaquias olha com cuidado para o lar judeu do seu tempo e descreve para nós a frieza do amor no lar- Mal. 2. 10 a 16. Em nossa época onde o casamento está perdendo seu valor devemos também fazer o mesmo questionamento.

    Resumindo Malaquias quer enfatizar que a base para qualquer casamento é espiritual. Nosso relacionamento com Deus determina nosso relacionamento com nosso cônjuge. Por esse motivo, não se pode ser um péssimo cônjuge e um bom servo de Deus.

b) Esteja pronto para investir em seu casamento. Marido e mulher deveriam sempre fazer esta pergunta: “Será que isto que vou fazer, dizer ou pensar vai nos unir ou separar?”

    Quando o marido e mulher não conseguem mais viver juntos nós descrevemos como incompatíveis. Mas houve uma época em que vocês foram compatíveis.

    A razão que os levaram ao casamento “até que a morte os separe” é que se julgavam irresistíveis um ao outro.

Por exemplo: -“querida não posso viver sem você”. Irresistível

- “Não posso viver mais com você”. Incompatível

c) Não caminhe, corra! São muitos os passos existentes entre os votos e o adultério. Aquele que dentre nós desejarmos permanecer puro deve examiná-los, enxergá-los como realmente são e evitar que, porventura, venha acontecer- II Tm. 2.22.

Devemos fugir por quê?

Porque nossa natureza não está equipada para resistir a esse tipo de tentação- Ex. 20.14; Mt. 5.28.

Devemos tomar precaução e começar a levantar cercas de proteção.

d) Construindo cercas de proteção:

- manter-se afastado da pornografia, em vez de fingir que a despreza admitir que seja algo sedutor.

- evitar ficar a sós com o sexo oposto em longos papos;

- sempre que possível, andar com o cônjuge;

- conduzir fotos do cônjuge e dos filhos;

- se possível, evitar caronas quando estiver sozinho (a);

- evitar o olhar com a motivação de cometer adultério - Rm. 7.15 a 18.

Conclusão 

    De alguma forma, de algum jeito, nós que temos sido fieis para com nossos cônjuges precisamos fazer algo que nos possibilite a continuarmos assim.

    É hora do verdadeiro povo de Deus se levantar contra a prostituição familiar... Dar um grito de “basta” à pornografia e sexo barato. Levantar um exército aguerrido para proteger os preceitos de Deus, para proteger as famílias que estão morrendo.

    Voltemos os olhos para Jesus e tenhamos coragem de dizer que pagaremos o preço de não vivermos segundo as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus - I Pe. 4.2.

    Construamos nossa arca, assim como Noé, para que em chegando a grande chuva possa ser achada em perfeita proteção.

    Mas se você, por algum motivo, foi infiel não se desespere, apele para um Deus vivo que tanto pode. Corra para os seus braços porque Ele tem remédio para sua doença - João 8.32. Ele nos diz: “se alguém está em mim, nova criatura é as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” - II Cor. 5.17. Comece nova vida... Perdoe, o perdão é necessário. Sem praticá-lo não podemos ser receptáculo de bênção para repartir com os outros.


    Que Deus, em Cristo Jesus, nos abençoe.

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Extraído: www.webservos.com.br

quarta-feira, 5 de julho de 2017

A CRISE É O PRELÚDIO DO AVIVAMENTO

​Os grandes avivamentos da história aconteceram em tempos de crise. Não nasceram do útero da bonança, mas foram gestados com dores e lágrimas em tempos de sequidão. A crise nunca foi impedimento para a ação soberana de Deus. É quando os recursos dos homens se esgotam que Deus mais visivelmente manifesta o seu poder. É quando todas as portas da terra se fecham é que Deus abre as janelas do céu. É quando o homem decreta sua falência, que o braço do onipotente mais se manifesta.
​O Brasil está vivendo, possivelmente, a sua mais aguda e agônica crise desde o seu descobrimento. A nação está rubra de vergonha, diante da desfaçatez de políticos e empresários que domesticaram os poderes constituídos, para assaltarem a nação e sonegarem ao povo o direito de viver dignamente. O profeta Miquéias, já no seu tempo, identificou esse conluio do crime, quando escreveu: “As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama” (Mq 7.3). A corrupção chegou ao palácio, ao parlamento, às cortes e em setores importantes do empresariado. Um terremoto devastador atingiu as instituições, abalou a economia e enfraqueceu a indústria e o comércio. A carranca da crise é vista na desesperança dos mais de quatorze milhões de desempregados em nosso país. A morte se apressa para aqueles que não têm direito a uma assistência digna nos hospitais, sempre lotados e desprovidos de recursos. Os acidentes trágicos se multiplicam porque nossas estradas estão sucateadas. A educação se enfraquece porque as escolas públicas, em muitos lugares, estão entregues ao descaso. Líderes com muito poder e apequenado caráter, favorecem os poderosos e tiram o pão da boca dos famintos, fazendo amargar a vida de um povo já combalido pela pobreza e desesperança.
​Nesse cenário cinzento, muitas igrejas, por terem se afastado da sã doutrina e por terem tergiversado com a ética, perderam a capacidade de exercer voz profética. Não confrontam os pecados da nação, como consciência do Estado, porque primeiro precisam embocar a trombeta para dentro de seus próprios muros. Há um silêncio gelado, um conformismo covarde, um torpor anestésico. Há igrejas cheias de pessoas vazias de Deus. Há igrejas onde os púlpitos já baniram a pregação fiel da palavra de Deus. Há igrejas onde o antropocentrismo idolátrico substituiu a centralidade de Cristo. Há igrejas mornas, apáticas, amando o mundo, sendo amigas do mundo e conformando-se com o mundo. Há igrejas que parecem um vale de ossos secos. Perdeu-se a vitalidade. Perdeu-se o vigor. Falta um sopro de vida!
​É nesse momento de prognósticos sombrios, que devemos nos humilhar sob a poderosa mão de Deus. É imperativo converter-nos dos nossos maus caminhos e orarmos, buscando a face do Senhor, a fim de que ele perdoe nossos pecados, restaure a nossa sorte e sare a nossa terra. O avivamento começa com a igreja e partir dela reverbera para o mundo. O avivamento é uma obra soberana do Espírito Santo que vem, como torrentes do céu, sobre a terra seca. A água é derramada sobre o sedento e as torrentes sobre a terra seca. O Espírito Santo é derramado sobre um povo que anseia por Deus mais do que pelas bênçãos de Deus. É quando decretamos nossa falência, nos convertemos dos nossos maus caminhos e nos prostramos diante de Deus, para desejarmos ardentemente sua presença manifesta, é que ele traz sobre nós o seu renovo. Então, a igreja florescerá como salgueiros junto às correntes das águas. Então, os crentes se levantarão para dizer: “Eu sou do Senhor”. Então, não haverá mais abismo entre o que se prega e o que se vive, porque os crentes escreverão na própria mão: “Eu sou do Senhor”. Oh, que Deus levante sua igreja e restaure a nossa nação! Oh, que nesse tempo de crise e sequidão caia sobre nós as torrentes abundantes do Espírito Santo!

Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: www. http://hernandesdiaslopes.com.br


Não gaste tempo com críticas



Mike Murdock, um oradores muito apreciado no Sul do Texas com seu programa de Televisão, “Escola de Sabedoria”, conta que certa vez assentou-se para responder a crítica mordaz de uma pessoa. Ele se esforçou para apagar as palavras e escrever novas frases, levou mais de uma hora de trabalho cansativo e cuidadoso para dar forma a uma resposta decente à carta, mas seu esforço parecia inútil, ele não conseguia responder de forma sábia. Finalmente começou a rir com um pensamento que lhe surgiu à mente. Ele percebeu que jamais tinha passado uma hora para escrever uma carta para sua própria mãe, a pessoa mais querida dele. Então, decidiu que era uma tolice gastar tanto tempo com uma crítica.

A verdade é que críticos são espectadores, não participantes.

Se pararmos para ouvir críticas, provavelmente perderemos tempo fundamental para investir em coisas mais produtivas. Geralmente os críticos são pessoas que se tornaram especialistas em julgar o trabalho dos outros, mas são incapazes de lutar pelos seus próprios objetivos. Quem está gastando sua energia em produtividade, normalmente não tem muito tempo para ficar julgando o que o outro está fazendo. Alguém disse: “A crítica é o gargarejo mortal de alguém que nada realizou”.

Para não estagnar, pare de se justificar o tempo todo, fuja de pessoas que se tornam especialistas em críticas. Tenho procurado pessoas que tenham respostas e soluções, não aquelas que trazem problemas e dificuldades.

É certo que precisamos ter lugar certo para apresentar os fatos e avaliar os atos. Existe hora e lugar para a troca de informações, para ouvir conselhos sábios e experiência de pessoas com mais sabedoria eexpertise. Sugestões construtivas são sempre buscadas por pessoas bem sucedidas. Mas não podemos parar só porque sofremos uma crítica.

Diante de acusações sofridas, Jesus chegou ao ponto de permanecer em silêncio (Mt 26.63). Ele não se sentiu obrigado a dar resposta às criticas, ou ser agradável a pessoas que lhe armavam ciladas. Este foi um dos segredos de sua liderança. Ele era capaz de responder às pessoas que sofriam, gente marginalizada e desprezada, mas não gastava tempo com “pegadinhas filosóficas” e com “observadores fúteis”. Ele sabia que não tinha muito tempo para fazer as coisas, e precisava concentrar-se naquilo que era realmente importante.

Norman Vincent Peale afirmou: “Nunca reaja emocionalmente às críticas. Analise a si mesmo para determinar se elas são justificadas. Se forem, corrija-se. Caso contrário, continue vivendo normalmente”.

Autor: Samuel Vieira - Pastor na Primeira Igreja Presbiteriana de Anápolis
fonte: www.revsamuca.blogspot.com


ORAR, DEITAR, DORMIR, DESCANSAR, RENOVAR


 “Eu me deito e durmo. Depois levanto-me – descansado e confiante. Não sinto medo diante dos milhares que me hostilizam, que me atacam de todos os lados. A ajuda certa vem do Eterno. Sua bênção cobre seu povo.” (Salmo 3.5,6,8) – ( A mensagem)
“Agora me deito para dormir, guarda-me, ó Deus, em seu amor; se eu morrer sem acordar, recebe minha alma, ó Senhor. Amém.”

Esta é uma antiga oração cristã que os pais crentes oravam com seus filhos antes de dormirem. Uma geração inteira foi instruída a orar assim por intermédio de seus avós. Fui criado dessa forma: Num lar que ensinava e “cobrava” com palavras e com o exemplo. “Seo” Anatalão, meu pai e Dona Ilca, minha mãe, tinham esse bom hábito de orar com os filhos e filhas.

Orar e depois dormir. Minha mãe, D. Ilca, 90, e Rutinha, minha irmã, 65, oram juntas todas as noites antes de se deitarem. As coisas mudaram demais… Nem todos pais crentes oram com os filhos antes de eles dormirem. E nem oram juntos marido e mulher. E muita gente boa, depois que oram, ao invés de meditarem e pensarem no Senhor e suas eternas promessas, vão para o Facebook, “zap” ou algum filme.

Há pessoas que são como irracionais. Deitam sem uma palavrinha de oração. Então, antes de deitar, orar e logo, com a graça de Deus, dormir. Claro que ao deitar, geralmente, as recordações do dia passam na alma: pecados, prazeres, desprazeres, lutas, vitórias, um certo ar de insatisfação com nós mesmos, talvez. Também lembramos as bênçãos recebidas, o cuidado e a providência do soberano Senhor e nossa alma manifesta ações de graças.

Orar, deitar, dormir e renovar.

Muitos deitam e não dormem. A alma intranquila, a vida sem horizontes, sem senso de utilidade, sem esperança, sem perspectivas. Ansiedade, amargura, tristeza, tudo isso rouba o sono. Que seus últimos pensamentos do dia não sejam o mal contra você mesmo ou contra alguém. Sejam para o Senhor.

Muitas vezes os médicos recomendam algum leve tranquilizante ou um chá. Há ciência a serviço dos filhos de Deus também. Mas quando há aquele monte de remédios para dormir e não se dorme, é importante tratar bem a alma e os pensamentos.

Para a renovação das forças, precisamos do sono. O grande Autor da vida e da salvação também nos concede essa bênção: a bênção do sono. Assim, podemos deitar, dormir e acordar, porque o Senhor nos sustenta e assim nos permite acordar refeitos para enfrentar um novo dia.

Mas, como na oração das crianças, no início, há uma possibilidade de deitar, dormir e morrer sem acordar. Se estamos em Cristo, aceitamos que pode-se morrer dormindo sob os cuidados de Deus e quem assim morre, acorda na Eternidade. Aí, significa que findou a nossa luta e entramos no dia que não tem mais noite, e com o Senhor estaremos para sempre.

Louvado seja o Senhor por esta riquíssima esperança.


Inspirado pela uma leitura de um dos livros de Rev. Wilson de Castro Ferreira, que foi meu professor no Seminário Presbiteriano do Sul (1975-1976) e o primeiro diretor da Luz Para o Caminho. A partir dele nasceu o programa Cada Dia. Nasceu na cidade de Serra do Salitre, em Minas Gerais, no dia 17 de junho de 1913 e faleceu em Goiânia, no dia 10 de março de 2007, aos 93 anos de idade.
Pr. Jeremias Pereira
FONTE: www.oitavaigreja.org.br


terça-feira, 13 de junho de 2017

UMA NAÇÃO RENDIDA AO CRIME



“As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama” (Mq 7.3).
 ​O texto em epígrafe não foi extraído da Folha de São Paulo nem é uma citação do último Telejornal. É uma menção feita pelo profeta Miquéias há mais de dois mil e setecentos anos. Israel era uma nação rendida ao crime. Por não ter se arrependido, sofreu um amargo cativeiro, sob a látego dos caldeus. O Brasil segue à risca esse mesmo roteiro trágico. Vejamos:
​Em primeiro lugar, a maldade é praticada com diligência. “As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente…”. Não se trata apenas de tolerância ao erro, mas de uma inversão total de valores. Não se trata apenas de uma parcela da sociedade estar corrompida, mas esse levedo do mal, fermentou toda a sociedade, e, assim, todos estendem sua mão para fazer o mal contra o seu próximo, e isso, com diligência. O mal não é apenas praticado, mas praticado com planejamento rigoroso, com dedicação exclusiva.
​Em segundo lugar, os governantes tornam-se feitores do mal e não do bem. “… o príncipe exige condenação…”. Os governantes são ministros de Deus para a prática do bem e a proibição do mal. Eles devem servir ao povo em vez de se servirem do povo. São defensores do povo e não opressores dele. Porém, aqui, o príncipe está exigindo condenação. Está usando seu mandato para oprimir o povo e não para aliviar o fardo do povo. Quando os governantes, com desfaçatez, pervertem seu caráter, maculam sua honra, rendem-se ao crime e oprimem o povo, tornam-se um pesadelo para a nação.
​Em terceiro lugar, os tribunais tornam-se agência de injustiça. “… o juiz aceita suborno…”. Os juízes deixam de julgar conforme a lei para promoverem a injustiça. Julgam com parcialidade, para favorecer aos poderosos e esmagar os fracos. Os juízes escondem a verdade, amordaçam a justiça, aviltam o direito, escarnecem da lei e dão sentenças por suborno. Por causa do amor ao dinheiro, as cortes deixam de ser o refúgio dos justos para ser o esconderijo dos criminosos.
​Em quarto lugar, os poderosos encontram caminho aberto para colocarem em prática seus desejos perversos. “… o grande fala dos maus desejos da sua alma…”. Quando os poderes constituídos se capitulam ao crime; quando o Estado é domesticado para favorecer os fortes e oprimir os fracos, então, os poderosos perdem o pudor e não escondem mais seus projetos iníquos. Sabem que praticarão delitos e escaparão do braço da lei. Sabem que seus crimes lhes trarão robustas recompensas. Sabem que, ainda que suas transgressões venham à baila, eles não serão exemplarmente punidos. O palácio, o parlamento e a corte, assim, deixam de ser a fortaleza da esperança do povo para tornarem-se na sua maior ameaça. As riquezas que deveriam atender as necessidades do povo são desviadas, criminosamente, para atender aos interesses dos ricos e endinheirados. Enquanto os poderosos vivem refestelando-se em seu luxo extremo, o povo geme abandonado ao descaso extremo.
​Em quinto lugar, os defensores do povo se unem para oprimir ainda mais o povo. “… e, assim, todos eles juntamente urdem a trama”. A trama não é urdida por aqueles que vivem ao arrepio da lei, nos subúrbios do crime, mas por homens togados, investidos de poder, mas sem nenhum coração. O crime não vem apenas dos porões escuros da marginalidade, mas sobretudo do palácio e do parlamento. O povo aturdido não tem a quem recorrer, pois há uma orquestração bem alinhada entre os poderosos para, sob o manto da lei, transgredirem a lei. Aqueles que sobem à tribuna ou discursam nos tribunais, estadeando sua lealdade à Constituição, pisam-na. Aqueles que são escolhidos pelo povo, para servirem ao povo, exploram-no. Aqueles que deveriam administrar os recursos públicos para o bem do povo, desviam-nos para atender a ganância dos poderosos. Aqueles que deveriam ser exemplo de integridade para o povo, como ratazanas esfaimadas, abocanham as riquezas da nação, deixando o povo à míngua. Cercados por essa horda de criminosos, só nos resta clamar Àquele que tudo vê, tudo sonda e a todos conhece. Nesse tempo de desesperança, é tempo de buscarmos em Deus refúgio, unir nossa voz à voz do profeta Miquéias e clamar: “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Mq 7.5).

Autor: Hernandes Dias Lopes -  Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Conferencista. Autor de diversos livros. Apresentador do Programa Verdade e Vida