Fica Temer ou sai Temer? Volta Lula? Vem
Bolsanoro? O PSDB vai de Doria ou Alckmin? Correndo por fora Marina ou Ciro? Meirelles
será o fator surpresa? O tabuleiro político segue se movimentando, uma novela
com grandes surpresas a cada novo capítulo.
Alheio a tudo isso, nesse vai e volta de
conjunturas, de alianças, de composições e apostas do futuro político, seguem,
dia após dia, novas e sucessivas tragédias na vida real da BR153.
Pavimentada nos idos da década de 70, a popular
“Belém – Brasília” ainda se apresenta como a quarta maior rodovia federal do
país, figurando como principal eixo de ligação entre as regiões centro sul com
o meio norte do Brasil.
Em que pese sua importância econômica e o intenso
fluxo de veículos, fato é que já há vários anos sua estrutura não comporta o
seu próprio movimento.
Se na década de 70 os caminhões toco (com
apenas um eixo) tomavam conta do cenário, hoje carros de passeio disputam
espaço com bitrens de seis eixos numa pista simples de uma das mais
movimentadas e extensas rodovias do país.
O resultado dessa mistura todos conhecem:
sucessivos acidentes, tragédias familiares, mutilações em série, prejuízo
econômico com mercadorias não entregues no prazo, danos materiais com as
colisões, dentre tantos outros.
No trecho entre Anápolis/GO e Aliança/TO, o
mais novo acontecimento foi a cassação da concessão da empresa que havia ganho
a privatização para duplicar e administrar a rodovia. A previsão é que será
designada nova licitação para escolha de uma nova empresa.
Mas esse vai e vem se arrasta desde 2014 quando
a primeira licitação foi realizada e melhoras de fato até agora não foram
apresentadas.
A justificativa para essa inércia permanente
tem sido sempre a “instabilidade política” nacional.
E enquanto essa novela política não termina,
vão os pais e mães de família, os verdadeiros “mocinhos”, sendo mutilados ou
morrendo nos caminhos ligados pela BR153.
Até quando?
Márcio
Luís,
advogado, mestre em direito pela UnB e presidente da Associação Comercial de
Porangatu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário