Dentre os
encontros
que pessoas tiveram com Jesus Cristo em seu ministério terreno, talvez o de
Zaqueu seja um dos mais conhecidos em nossos dias. Recentemente, uma música
sobre ele fez tanto sucesso que até em bailes funk e boates costumava-se parar
o batidão para cantar “Como Zaqueu, quero subir, o mais alto que eu
puder…”
O publicano Zaqueu,
possivelmente, era bem conhecido na cidade de Jericó, mas, nem por isso,
benquisto. Seu ganha-pão (cobrar impostos) causava repulsa em seus
conterrâneos, o que provavelmente o relegava a um ambiente de isolamento
social, ainda que tivesse feito uma boa fortuna. Tanto que, quando Jesus
resolveu se hospedar em sua casa, a murmuração tomou conta das ruas: como um
rabino do porte de Jesus poderia se engajar em comunhão com um maldito cobrador
de impostos?
O resultado de
tamanha ousadia não poderia ser outro: transformação de vida e salvação, e aqui
eu gostaria de ressaltar algumas lições que podemos aprender a partir desse
texto:
1) Não interessa o
tamanho da multidão, Jesus nos vê e nos conhece. A multidão que
acompanhava Jesus já era grande, e ainda aumentou após Ele ter curado o cego
Bartimeu (veja o final de Lucas 18). Entretanto, Jesus “acha” Zaqueu em cima da
árvore e o chama pelo nome, evidenciando saber sobre vida daquele homem ao se
convidar para ficar hospedado em sua casa. O mesmo acontece conosco. Jesus sabe
quem somos, o que fizemos e que fazemos. Ele sabe os detalhes mais íntimos do
nosso coração e, mesmo assim, nos busca em meio à multidão.
2) Não interessa o que
os outros achem de você, para Jesus, você é alvo de seu amor. A profissão de
Zaqueu fazia dele uma pessoa desprezada, evitada por todos, mas não para Jesus.
Pelo contrário, o Senhor vai em sua direção, não com palavras de desprezo, mas
de vida eterna. Da mesma forma, quem você acha que é ou a maneira como as
pessoas costumam lhe tratar não tem relação com a maneira como Jesus Cristo
olha para sua vida. Os caminhos dele são incomparavelmente superiores.
3) Quando
conhecemos a Cristo, até as trevas se tornam algo para abençoar. Talvez Zaqueu tenha
aceitado ser um cobrador de impostos por ganância, mas, depois da ilustre
visita, o seu dinheiro passou de motivo de ódio para um instrumento de bênção,
especialmente aos mais pobres. Deus não joga nada de sua vida na lata do lixo.
Até as experiências negativas com o pecado podem ser usadas pelo Pai para
fortalecer outros em luta.
Não é à toa que
Zaqueu é um personagem tão cantado em músicas. Sua experiência com Jesus é
também nossa experiência, pois Jesus continua nos buscando “pelo nome”, nos
transformando de dentro para fora e nos usando para abençoar o próximo. Quando
achamos que estamos buscando a Cristo, na verdade, é Ele quem nos busca.
Auto: Luís
Fernando Nacif Rocha é pastor auxiliar da Oitava Igreja Presbiteriana de
Belo Horizonte
Fonte: http://www.oitavaigreja.org.br/zaqueu-um-encontro-de-salvacao-lucas-19-1-10/
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