Os vínculos familiares são muito
importantes no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Os membros de uma
casa constroem vivências, experiências e interações que jamais poderiam ser
reproduzidas com exatidão em outro ambiente. É evidente que a estabilidade ou
instabilidade de uma residência irá interferir na vida dos seus integrantes.
A decisão do homem em romper-se com
Deus provocou um desajuste pessoal e relacional na primeira família da terra. O
trágico assassinato de Abel pelo seu irmão Caim fornece os indícios de como
seriam os lares após a queda humana. A partir deste momento, as famílias se
tornaram verdadeiros campos de batalhas, marcadas por discórdias, provocações,
desrespeitos, agressões e tantos outros males. Poucos ambientes são capazes de
gerar feridas mais profundas!
Além destas crises familiares que ocorrem
desde sempre, parte da sociedade atual decidiu apostar em caminhos alternativos
que dispensam o matrimônio e a criação de filhos. Como consequência, muitos
governantes estão desesperados para que os jovens se despertem para a concepção
de filhos. Os decréscimos da população em vários países da Europa e também no
Japão revelam que o culto ao individualismo começa a apresentar as suas
desastrosas consequências. É importante registrar que a Palavra de Deus não
condena a decisão de permanecer solteiro, no entanto, esta é a exceção e não a
regra.
A Bíblia estabelece de maneira
simples, óbvia e direta que a família é a matriz invariável para o bem estar do
indivíduo e para a sobrevivência da raça: “Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e
lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a.”
Gênesis 1.27,28a.
Tanto a indisposição para casar e ter
filhos como os incessantes conflitos das famílias na atualidade são consequências
do desamor ou do equivocado conceito de amor que permeia uma sociedade que
trata Deus com descaso e, por outro lado, cultua o prazer pessoal.
A Bíblia ensina que Deus é amor (I Jo
4.8) e para que o homem experimente deste verdadeiro amor é necessário um
encontro com Cristo, o filho de Deus que veio ao mundo transformar toda a
realidade. A sua entrega na cruz para salvar o homem perdido, o seu exemplo de
serviço, humildade e compaixão revelam o âmago do amor divino. Cristo é o
exemplo e a referência de amor para todos aqueles que desejam edificar as suas
casas sobre a rocha.
Esposas, maridos e filhos precisam
observar a maneira amorosa com que Cristo tratava as pessoas, precisam orar e
clamar ao Espírito Santo para que as relações sejam sedimentadas com o mesmo
amor. Este é o caminho para que a alegria e a harmonia se estabeleçam na
família cristã que visa a glória de Deus e não a busca pelos seus próprios
interesses.
Rev. Alexandre Rodrigues Sena
Pastor na Igreja Presbiteriana da
Gávea no Rio de Janeiro
Fonte: http://ipgavea.org/category/pastorais/
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