quarta-feira, 8 de junho de 2016

O AMOR FAMILIAR QUE RESISTE AO TEMPO

Os vínculos familiares são muito importantes no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Os membros de uma casa constroem vivências, experiências e interações que jamais poderiam ser reproduzidas com exatidão em outro ambiente. É evidente que a estabilidade ou instabilidade de uma residência irá interferir na vida dos seus integrantes.
A decisão do homem em romper-se com Deus provocou um desajuste pessoal e relacional na primeira família da terra. O trágico assassinato de Abel pelo seu irmão Caim fornece os indícios de como seriam os lares após a queda humana. A partir deste momento, as famílias se tornaram verdadeiros campos de batalhas, marcadas por discórdias, provocações, desrespeitos, agressões e tantos outros males. Poucos ambientes são capazes de gerar feridas mais profundas!
Além destas crises familiares que ocorrem desde sempre, parte da sociedade atual decidiu apostar em caminhos alternativos que dispensam o matrimônio e a criação de filhos. Como consequência, muitos governantes estão desesperados para que os jovens se despertem para a concepção de filhos. Os decréscimos da população em vários países da Europa e também no Japão revelam que o culto ao individualismo começa a apresentar as suas desastrosas consequências. É importante registrar que a Palavra de Deus não condena a decisão de permanecer solteiro, no entanto, esta é a exceção e não a regra.
A Bíblia estabelece de maneira simples, óbvia e direta que a família é a matriz invariável para o bem estar do indivíduo e para a sobrevivência da raça: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a.” Gênesis 1.27,28a.
Tanto a indisposição para casar e ter filhos como os incessantes conflitos das famílias na atualidade são consequências do desamor ou do equivocado conceito de amor que permeia uma sociedade que trata Deus com descaso e, por outro lado, cultua o prazer pessoal.
A Bíblia ensina que Deus é amor (I Jo 4.8) e para que o homem experimente deste verdadeiro amor é necessário um encontro com Cristo, o filho de Deus que veio ao mundo transformar toda a realidade. A sua entrega na cruz para salvar o homem perdido, o seu exemplo de serviço, humildade e compaixão revelam o âmago do amor divino. Cristo é o exemplo e a referência de amor para todos aqueles que desejam edificar as suas casas sobre a rocha.
Esposas, maridos e filhos precisam observar a maneira amorosa com que Cristo tratava as pessoas, precisam orar e clamar ao Espírito Santo para que as relações sejam sedimentadas com o mesmo amor. Este é o caminho para que a alegria e a harmonia se estabeleçam na família cristã que visa a glória de Deus e não a busca pelos seus próprios interesses.


Rev. Alexandre Rodrigues Sena
Pastor na Igreja Presbiteriana da Gávea no Rio de Janeiro


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