Isso é fato, líquido e certo. O estupro é um crime sujo, aviltante, que
ataca muito mais do que o corpo da pessoa, ataca sua alma, suas emoções, seus
valores, seu caráter. O estupro é um roubo da alegria, da vontade e do prazer
de viver. Em alguns casos é um roubo da inocência e a fonte de profundos e
longos pesadelos que assolarão toda uma existência.
Ninguém merece ser estuprada!
No entanto, o estupro, além de ser fruto de uma demência e podridão
moral de uma pessoa criminosa, é também fruto de uma sociedade decaída e
permissiva. Fruto de apoiadores da liberdade de venda das drogas. Fruto de
jovens que não receberam limites em seus lares e acham que toda a sociedade
está refém de seus prazeres e caprichos. O estupro é fruto das propagandas
massivas de bebida que somam a imagem de alguém que, por beber certa marca de
um produto, traz para si muitas mulheres, de preferência em trajes mínimos e
fazendo caras e bocas. O estupro é fruto de uma sociedade onde, em nome de uma
liberdade das mulheres, prega-se a indecência, imoralidade, e uma sensualidade
desmedida e deslocada, pois é apresentada nos ambientes errados e de forma
errada.
Ninguém merece ser estuprada!
Ainda que uma mulher saia nua às ruas. Talvez mereça um processo por
atentado violento ao pudor, por expor sua nudez a crianças e a famílias que não
têm o mesmo padrão moral que ela. Mas jamais merece um estupro. No entanto
merece que alguém a ensine valores sociais, como: “o meu direito termina onde
começa o do outro”, e que não é porque ela é “mente aberta” e “despudorada” que
toda a sociedade também o seja.
Ninguém merece ser estuprada!
Nem fisicamente, no caso das jovens e mulheres mais maduras que gostam
de expor o seu corpo livremente sem que ninguém as incomode; nem tampouco
moralmente, no caso dos demais cidadãos que acabam sendo expostos à
sensualidade, às vezes sendo colocados em situações embaraçosas junto aos
cônjuges e filhos.
Ninguém merece ser estuprada!
Porém é importante lembrar-se que ninguém deve colocar-se em situação de
risco, expondo seus corpos numa sociedade doente. É como se uma idosa sacasse
sua aposentadoria em um banco e expusesse todo o seu dinheiro na frente de
ladrões. Ela não merece ser roubada por conta disso, no entanto é fundamental
que ela aja com prudência em todas as situações e se proteja não colocando-se
em risco diante da nossa sociedade corrompida.
Ninguém merece ser estuprada!
Mas é bom frisar que a mesma sociedade que apoia a sensualização e
erotização do gênero feminino, muitas vezes de maneira extremamente precoce, é
a sociedade que prega a imagem de “mulher objeto” nas propagandas de TV.
Praticamente em qualquer produto que se queira vender é necessário que se
coloque uma mulher em trajes sumários, com uma visão erotizada e “oferecida”,
como verdura na feira.
Ninguém merece ser estuprada!
Mas é bom ainda frisar que o próprio dicionário Aurélio liga
sensualidade a: luxúria (libertinagem), lascívia (falta de regras – limites)
lubricidade (capacidade de fazer outros escorregarem). Ou seja, quando mulheres
vestem-se e portam-se com extrema sensualidade, estão enviando uma mensagem –
que muitas vezes não é a expressão da realidade – de que estão ávidas a dar
vazão à sua sexualidade. Nem assim, em nenhum caso, jamais merecem ser
estupradas.
Ninguém merece ser estuprada!
O que eu quero com esse pequeno artigo é apenas alertar a todas as
mulheres a observarem sua conduta para evitar que possam dar sinais falsos a
homens adoecidos. O que eu quero é colaborar para que as jovens abram os seus
olhos e não coloquem-se em situação de risco, pois há momentos certos e seguros
em que a sexualidade é boa, agradável e prazerosa. Há o momento correto para a
erotização e a sensualidade. Aos que crêem e também aos que não crêem, o
casamento é esse ambiente.
Ninguém jamais merece ser estuprada! Que Deus abençoe e cure essa nossa
sociedade adoecida em seus paradoxos e suas incoerências.
Autor: Alessandro Capelari
Pastor da Igreja Presbiteriana Jardim Alvorada – Maringá desde o ano de 2005 É casado com Patrícia D.G. Capelari o qual desta união receberam dois presentes do Senhor, Giovanna e Isabella. Mestrando em Aconselhamento pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (São Paulo). Colunista da Revista Primícias (www.revistaprimicias.blogspot.com)
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