A Bíblia registra o primeiro assassinato em
Gênesis 4 quando Caim matou seu irmão Abel. A resposta de Deus não foi
registrar as rochas ou listar aqueles que possuíam um arado, ou o que quer que
Caim tenha usado para matar seu irmão. Ao invés disso, Deus tratou com o
criminoso. Desde Noé, a pena para o assassinato tem sido a morte.
Vemos a recusa em se aceitar os princípios que
Deus nos deu lá no começinho de tudo. Hoje vemos crescer a aceitação da idéia
de que controlar o arsenal de armas disponíveis aos criminosos irá diminuir o
crime, enquanto raramente devemos executar aqueles que são culpados de
assassinato.
Resistir a um ataque não deve ser confundido com
fazer vingança, a qual é domínio exclusivo de Deus (Rom. 12:19). Ela tem sido
delegada ao magistrado civil, que, como lemos em Romanos 13:4, “...é ministro
de Deus para teu bem. Mas se fores mal, teme; pois não é em vão que vem a
espada; pois é ministro de Deus, um vingador para castigar o que pratica o
mal.”
Os meios de vingança pessoal podem tornar alguém
um criminoso se agir depois que sua vida não está mais em perigo, ao contrário
de quando alguém está se defendendo de um ataque. Esse é o ponto crucial que
têm sido confundido por cristãos pacifistas que querem tomar a passagem do
Sermão do Monte sobre dar a outra face (o que proíbe a vingança pessoal) como
um mandamento para anular-se ante o perverso.
Consideremos também o que nos diz o Sexto
Mandamento: “Não matarás.” Nos capítulos seguintes, Deus dá a Moisés algumas
situações que requerem a pena capital. Evidentemente, Deus não está dizendo que
nunca se deve matar, mas que não devemos tirar a vida de um inocente. Considere
também que o magistrado civil é um terror para aqueles que praticam o mal. Essa
passagem não está de modo algum significando que o papel da lei
obrigatoriamente é prevenir crimes ou proteger os indivíduos dos criminosos. O
magistrado é um ministro que serve como “um vingador para castigar o que
pratica o mal” (Rom. 13:4).
Este ponto está refletido na doutrina legal dos
Estados Unidos. Repetidamente, as cortes mantiveram que o governo civil não tem
nenhuma responsabilidade de fornecer segurança individual. Em um caso (Bowers x
DeVito) se expressou desta maneira: “Não há nenhum direito constitucional para
ser protegido pelo estado contra ser assassinado.”
A sabedoria dos que fizeram a Constituição
[Americana] é consistente com as lições da Bíblia. Os instrumentos de defesa
devem estar espalhados por toda a nação, não concentrados nas mãos do governo
central. Em um bom país, cada homem age corretamente por meio do Espírito Santo
que trabalha nele. Não há razão para o governo civil querem o monopólio da
força; o governo civil que deseja tal monopólio é um perigo à vida, liberdade,
e propriedade de seus cidadãos.
A simples suposição de que pode ser perigoso que
as pessoas carreguem armas é usada para justificar o monopólio da força por
parte do governo. A noção de que não se pode confiar que as pessoas mantenham
suas próprias armas nos mostra que, como o tempo de Salomão, não só para os
muito ricos, é também um tempo perigoso para as pessoas simples. Se Cristo não
for nosso Rei, nós teremos um ditador a governar sobre nós, justamente como
advertiu Samuel.
Para aqueles que pensam que Deus tratou Israel de
maneira diferente da que irá nos tratar hoje, por favor considere o que Deus
disse ao profeta Malaquias: “Pois eu sou o Senhor, eu não mudo...” (Mal.
3:6).
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Larry Pratt é
diretor executivo da Gun
Owners of America (com 150.000 membros), foi eleito
Oficial na legislatura estadual da Virgínia, e é presbítero na Igreja
Presbiteriana na América.
Fonte: http://www.monergismo.com
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