terça-feira, 5 de abril de 2016

Aniversário de Quatro Anos da Revista Primícias

Em 1 Samuel 7.7-12 há um maravilhoso relato do livramento de Deus sobre a nação de Israel. Os filisteus era um povo de guerra e muito poderoso. Eles decidiram invadir Israel e saquear o restante das cidades que ainda não tinham sido invadidas. Veio sobre o povo de Israel um grande medo do inimigo. O povo resolveu pedir socorro a Deus e foram até o profeta Samuel que oferecia sacrifícios a Deus enquanto os filisteus se aproximavam para o combate.
                Algo extraordinário aconteceu naquele momento: Deus mandou trovões sobre o exército e infundiu neles o medo. Nesse momento o pequeno exército dos israelitas que havia se formado perseguiu os filisteus e os derrotou pelo caminho. Algo impossível acabava de acontecer: o pequeno exército não só ganhava a batalha, mas reconquistava as cidades que haviam sido tomadas a força!
                Para que o povo jamais esquecesse o que aconteceu e como Deus agiu poderosamente para livra-los do inimigo o profeta Samuel colocou uma pedra no caminho entre duas importantes cidades para servir de testemunho ao povo que passasse por ali e chamou aquela pedra de EBENÉZER, que quer dizer: “Até aqui nos ajudou o Senhor”! Eles estavam profundamente agradecidos pelo que Deus havia feito na vida deles.
                Esse sentimento de gratidão é o mesmo que existe em meu coração por oferecer ao longo desses quatro anos conteúdo cristão de qualidade. Através dos nossos parceiros comerciais tivemos oportunidade de mês a mês deixar nossa contribuição através da divulgação de artigos dos mais variados autores sobre a FÉ, a FAMÍLIA, SAÚDE e SOCIEDADE. Todos esses artigos são escolhidos com toda cautela e refletem o pensamento cristão reformado[1] a fim de que nossa sociedade possa nutrir um bom ensino da Palavra de Deus.
                Cheguei em Porangatu no ano de 2005 para pastorear a Segunda Igreja Presbiteriana de Porangatu[2]  e casai-me com Rejane nesse mesmo ano. Em 2007 nasceu nosso primeiro filho, Arthur Henrique e em 2009 Deus nos surpreendeu com um casal de gêmeos, Esther e Guilherme. Em abril de 2012 lançamos a primeira edição e desde então contamos com 33 edições, sendo esta a 34ª Edição da Revista Primícias.
                Eu a chamo de “Revista” porque é um sonho que num futuro próximo possamos ascender “de fato” a essa categoria! Ter toda uma equipe trabalhando mensalmente para levar muito mais páginas com o melhor conteúdo produzido por nossos parceiros é um sonho que perseguimos todos os dias.
                Sou muito grato à minha família e à minha igreja que tem me abençoado espiritualmente apoiando e divulgando nosso trabalho. Sou grato a todos os irmãos que permitiram que seus artigos fossem publicados em nossa revista. Sou grato a todos os parceiros comerciais que acreditam na seriedade da Revista a ponto de divulgarem suas marcas em nossas publicações. E, principalmente, sou grato a cada leitor que tem apreciado a qualidade da revista e divulgado entre seus amigos. É para eles que a revista existe.
                Que Deus continue a nos abençoar ao logo de 2016!








Herbert Pereira de Oliveira
Pastor na Igreja Presbiteriana de Vila Operária e editor da Revista Primícias.






[1] Esse termo refere-se às doutrinas bíblicas expostas por reformadores da época da Reforma Protestante do século XVI como Martinho Lutero, João Calvino, João Knox e tantos outros.
[2] Mais conhecida em nossa cidade como Igreja Presbiteriana de Vila Operária

Pais e Filhos Desobedientes



“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe” - Provérbios 6:20


Sem dúvida, o maior desafio dos pais para com os seus filhos é a educação. Naturalmente, o que desejam é ver os seus filhos crescendo moral e espiritualmente, sendo íntegros em seus relacionamentos. Como a família e o ambiente do lar é o princípio desta formação, os pais precisam ser exemplos de vida cristã, persistentes “professores” da Palavra de Deus, sabiamente protetores e firmes conselheiros. No entanto, precisamos admitir que, mesmo empreendendo intensos esforços nesta educação, muitos ainda enfrentam a dor de verem os seus filhos crescendo determinados a viver a sua própria maneira, atendendo as tentações deste mundo e envergonhando o ensino recebido. Como pais, o que devemos considerar?


1. Esforço sem culpa (Dt 4:9; Ef 6:4). O esforço dos pais é eficaz para formar a consciência do caminho que os filhos devem percorrer, mas não é eficaz para determinar que andem por ele, por muito tempo. A permanência neste caminho, dependerá das escolhas que eles farão diante de Deus, quando maiores. Neste sentido, a educação é limitada a educação. Os pais só podem educá-los para que, um dia, em plena consciência, confessem voluntariamente a sua fé em Jesus. Toda a educação necessita ser direcionada para este fim, confiando que somente Deus pode salvar.


2. Amor com limites (Pv 29:15; Hb 12:5-11). Os filhos jamais devem ser abandonados por seus pais, ainda que não consigam mantê-los próximos durante toda a vida. Apesar do comportamento desobediente os filhos continuam sendo filhos e necessitados do amor acolhedor dos seus pais. Não queremos dizer que amar é se conformar, ser passivo ou liberal na educação, mas capaz de definir limites que são toleráveis contra aqueles que não são, sob a norma da advertência, disciplina e até das amargas consequências que o comportamento desobediente ou ilegal não pode evitar. A tentativa dos pais de, persistentemente, evitar tais resultados da desobediência pode criar expectativa de impunidade e, por ela, motivação para permanecerem no erro. 


3. Persistência confiante (Pv 4:1-2). Por mais que os filhos decepcionem, furtando a alegria e prazer da sua companhia, os pais necessitam perseverar. Quando resolvem desafiar a autoridade dos pais, desprezando os seus conselhos e assumindo a desobediência, estes não podem ignorar ou subestimar esta “fagulha”. Pois, mais cedo ao mais tarde, podem se ver impotentes frente a um grande incêndio. Eles devem persistir com confiança, do início ao fim da educação que lhes cabe! O que fazer, depende de cada circunstância familiar, mas em geral, o princípio é persistir naquilo que ensinam e demonstrar compromisso com o que prometem. A quebra deste princípio gera um imenso dano na relação pais e filhos. É preciso persistir na oração, no ensino, no cuidado, na disciplina, no envolvimento, etc. e pedir ajuda de um conselheiro cristão. Assistir os filhos caminhando rumo a um abismo e não fazer nada é o maior erro que os pais podem cometer!


Que estas considerações sirvam como auxílio na nobre e árdua tarefa de educar os filhos, especialmente quando desobedientes.


Com amor.

Ericson Martins

Casado com Andréa Liberato e tem dois filhos: Joshua e Eric. Editor da Editora Cristã, Bacharel em Teologia pelo SPBC (GO), mestrando em Novo Testamento pelo CPAJ (SP) e pastor auxiliar na Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia.

12 Maneira de Evitar o Câncer

·        
Segundo pesquisas recentes, o maior causador de câncer em todo o mundo (cerca de 75% das causas) é o cigarro. O segundo é a obesidade.
Conhecer as causas deveria ser fator relevante na prevenção mundial, mas infelizmente não é assim e tem algumas razões para isso. A primeira delas é o ceticismo de que não é possível evitar o câncer, a segunda é que não existem medidas preventivas realmente eficazes, pois a verba para pesquisas vai em sua maior parte para o tratamento. As razões seguintes se situam nos hábitos de sedentarismo, consumo exagerado de açúcar e os vícios por parte da população.
·         O que acontece no organismo do fumante, do obeso e do sedentário?
Estes organismos tornam-se ácidos. Criando o ambiente ideal para o desenvolvimento de células cancerígenas. O PH (índice que mede a acidez ou alcalinidade de uma substância) do sangue humano deve estar entre 7,36 e 7,42 - levemente alcalino.
Para a boa saúde e evitar o câncer esse PH deve ser mantido. Se o sangue chegar a um PH de 6,95 (levemente ácido) já é o suficiente para a pessoa entrar em coma. Devido aos excessos, uso de substâncias biocidas (que matam a vida) e à falta de exercícios, ocorre a acidificação do sangue, obesidade, várias doenças, câncer e morte.
Como evitar o câncer? Além de exames preventivos rotineiros, comece a alcalinizar o corpo. Para isso abstenha-se de alguns alimentos e substâncias e faça exercícios. Abaixo estão 12 dicas de como evitar o câncer e começar a ter mais saúde agora.
·         1. Elimine o vício de fumar
Isso significa também evitar fumar passivamente. Não existe consumo seguro de cigarro. Se tem dificuldade de deixar o fumo, procure ajuda. Existem tratamentos no SUS e acompanhamento psicológico para aqueles que querem se livrar desse hábito pernicioso.
·         2. Corte o açúcar de sua vida
Não há necessidade da ingestão de açúcar. Ninguém precisa comer doces. As frutas e os carboidratos complexos fornecem a glicose necessária para a manutenção da vida. Não substitua por adoçantes químicos. Se sentir muita necessidade, use stévia ou mel.
·         3. Produtos diet e light
Geralmente são feitos com aspartame ou outras substâncias nocivas. Têm alto teor de sódio (sal) e produtos químicos. Estes produtos concorrem para a intoxicação e inflamações no organismo e consequentemente envelhecimento precoce e câncer.
·         4. Embutidos
A lista de carcinogênicos (aquilo que causa câncer) traz no item 1 além do cigarro, as carnes processadas e embutidos. O maior problema nem são as carnes em si, mas os conservantes para que durem e a fumaça da defumação. Estes tipos de processados causam câncer colorretal que mata aproximadamente 700 mil pessoas por ano, segundo a OMS.
·         5. Evitar o estresse
Altamente acidificante, o estresse pode desencadear inflamações, infecções e até o câncer, conclui um estudo da Universidade de Yale[1], liderado pelo Dr. Tiang Xu. E ele se refere ao estresse diário, como o trânsito, problemas financeiros, etc. Para combater os efeitos nocivos do estresse é necessário literalmente fugir da causa. Mude seus horários, mude seu caminho no trânsito, controle sua agenda e evite dívidas, relaxe, medite e tenha lazer entre outras.
·         6. Exercite-se
O exercício regular combate a obesidade, limpa o organismo e evita vários tipos de câncer como o de intestino em 50% nos homens e o de mama em 38% nas mulheres. Procure seu médico e comece já a se mexer.
·         7. Mantenha o peso saudável
Como já dito antes, a obesidade (geralmente ligada a consumo de açúcar, alimentos gordurosos e sedentarismo) é causa primária de câncer junto com tabagismo, exposição a amianto e outros. Alimente-se de maneira correta e cuide do peso.
·         8. Mude sua dieta
Inclua mais hortaliças (de preferência orgânica e crua) na sua alimentação. As frutas, verduras e legumes são alcalinizantes do organismo. Evite carne e laticínios em excesso (principalmente no verão). Humanos não precisam tomar leite de vaca.
·         9. Evite temperos industrializados
Tais como glutamato monossódico, caldos industrializados, pós para tempero, sal branco, etc. Prefira os naturais como alho, cebola, limão, cheiro verde, sal marinho, louro, orégano, açafrão, especiarias, etc.
·         10. Beba água
Parece simplificação demais, mas não é, segundo estudiosos de medicina alternativa e natural, ingerir 5 copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45%, pode diminuir o risco de câncer de mama em 79% e em 50% a probabilidade de se desenvolver câncer na bexiga.
·         11. Cultive bons sentimentos e pensamentos
Como visto antes com relação ao estresse e sua capacidade carcinogênica, outros sentimentos também influenciam na saúde física. Sentimentos como raiva, ódio, rancores, mágoas profundas têm ligação com o câncer segundo José Henrique Volpi, especialista em psicologia corporal.
·         12. Vitamina D
Existe uma relação comprovada entre a vitamina D (calciferol) e a prevenção de inúmeras doenças como a pressão alta, diabetes e câncer. Ela é considerada como uma vacina contra tudo. Uma pesquisa recente alerta para a necessidade de banhos diários de sol, maior fator de síntese da vitamina D na pele que não é conseguida por alimentos. Tome sol e evite adoecer. Tome mais sol e evite morrer de câncer.


Stael F. Pedrosa Metzger

Stael Pedrosa Metzger é escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É casada e mãe de dois filhos.



[1] http://www.telegraph.co.uk/news/health/news/6981222/Stress-could-cause-cancer-claim-scientists.html

Soberania: Lembre-se, tem alguém forte no comando!

Nem sempre as coisas estão calmas e se realizam do jeito que queremos ou esperamos. Muitas vezes estamos em becos sem saídas, atalhos cheios de barro, sofrendo agressões de vários tipos, perplexos, vendo a malignidade de diferentes formas nos atingindo como indivíduos, profissionais, família, igreja e na vida da nação. Às vezes parece que o Senhor está em silêncio. O profeta Habacuque nos relata, em seu pequeno livro, como sua alma se sentia quando viu seu país e sua vida num contexto assim.
“As circunstâncias que instigaram Habacuque ocorreram no século VII a.C.  Em seus dias havia um colapso da justiça nacional. A lei frouxa diante da corrupção generalizada. Subornos e sentenças que beneficiavam os poderosos.  A influência dos piedosos não alterava a situação. Iniquidade, vexação, violência, contenda, litígio, abuso e opressão. Deus parecia em silêncio. Mas esse profeta companheiro que está ao nosso lado faz algo mais importante ainda: ele espera e ouve. Foi na espera e no ouvir – que depois se transformam em sua oração – que ele percebeu que habitava o grande mundo da soberania de Deus (Eugene Peterson).
Habacuque começa seu livro com queixas, perplexidades, medo e acusações contra o “modo de Deus” dirigir a história. Entretanto, ele não ficou parado aí nesse ambiente de “até quando?” Ele dialoga com o Senhor. Ora e espera a resposta.
Habacuque nos ensina que Deus está no controle da história das nações e que o momento certo dele agir se aproxima, por mais que julguemos muito demorado. Num contexto desse, o soberbo incha sua alma, mas o justo viverá pela fé.
A Bíblia explica que o justo é aquele que foi justificado pela fé em Cristo. Viver pela fé é uma jornada emocionante. Raramente se sabe o que virá. Mas sabemos quem é o nosso companheiro no caminho: Jesus Cristo, o Deus vivo e verdadeiro, ressuscitado dentre os mortos, diante de quem, um dia, todo joelho se dobrará.
Sigamos confiados e descansados no soberano e justo juiz. Sigamos intercedendo, procurando viver a verdade em amor e crescendo em tudo naquele que é o cabeça de tudo, Cristo.
Os seguidores de Cristo podem experimentar e sofrer zombaria, escárnio, perseguição e até morte. O livro de Habacuque nos encoraja a confiar naquele que cuida, provê, adverte, julga, confronta, conforta, salva e livra.
O livro termina com um canto que é também uma oração. Em tempos de dor, crise, medos variados, decepções na alma e sentimentos semelhantes, várias gerações foram fortalecidas com esse pequeno livro, especialmente com a seguinte verdade:
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas” Habacuque 3.17-19.
Que o Senhor nos conceda alegria, paz interior, domínio próprio, sabedoria, ousadia e sensatez para orar, agir e discernir o mover e as ações do soberano Senhor que soberanamente comanda tudo.
Leia, estude e medite no livro do profeta Habacuque.


Pr Jeremias Pereira | prjeremias@oitavaigreja.org.br
Pastor na Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte

Uma Nova Moral para o Brasil

São constantes as notícias que falam de corrupção. Ouvimos falar o tempo todo de propinas, corruptos e corruptores. Este tipo de mal está devastando nossa sociedade. Estamos à beira de um Impeachment! Eu creio que esse é o momento pelo qual devemos parar e refletir sobre nossas próprias atitudes. Não podemos apenas observar de maneira passiva, meneando a cabeça e dizendo: isso não é comigo! ou até mesmo levantando a cabeça e com uma atitude de indignação reprovando o que está sendo feito e levantando o braço com o dedo em riste dizendo: eles precisam pagar pelo que fizeram. E uns outros ainda dizendo que a política não trás nenhum benefício para a sociedade porque todos os políticos são corruptos.
                Esse é um momento em que devemos olhar para nossa própria vida a fim de ter uma atitude diferente. Quantas pessoas vêem como “oportunidade” o fato de levar vantagem em cima de alguém, ou levar uma vantagem em cima do governo. Quantas pessoas na própria empresa altera o valor da nota fiscal em benefício próprio. Ou aplica o golpe do seguro desemprego, ou altera o cadastro do bolsa família com a intenção de receber o dinheiro, ou faz declaração falsa no imposto de renda para não pagar o imposto devido. Pessoas que fazem tudo para driblar a fiscalização do município, do estado ou da União. Subornam um guarda ou fiscal para se livrar de uma multa. Recebem uma grana simplesmente para fingir que não viu nada. Avisam os outros sobre a presença de blitz na cidade. Ignoram a sinalização de trânsito. Fazem Plágio nos trabalhos da faculdade. Quantos exemplos poderíamos dar!
                Esse é o momento em que devemos envergonhar de nossas atitudes perniciosas, permissivas, imorais e lascivas. É o momento certo para dizer: eu preciso ser diferente, eu preciso ter atitudes diferentes! Não estou aqui pregando uma caça às bruxas, mas estou aqui pregando que não podemos continuar fazendo essas coisas como se fossem certas ou que nada de errado estivesse sendo feito. É o momento de olhar para nós e dizer: eu quero ser diferente para meus filhos, meus vizinhos, meus colegas de trabalho, meu patrão. Para que nossa nação se levante como uma não nação que não seja mais conhecida pelo “jeitinho brasileiro”, mas seja uma nação conhecida pela moralidade deixada por Deus nos princípios da Escritura. O apóstolo Paulo é enfático ao dizer em Colossenses 3.23-25: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens,  cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas” Se aquele que faz a injustiça receberá como troco a injustiça, certamente o oposto é verdadeiro, ou seja, quem praticar a justiça receberá de volta a justiça feita. Nesse texto Paulo deixa claro que nossas atitudes devem ser feitas para Deus e não para os homens. Ou seja, devemos realizar nossa função da melhor maneira possível pois estamos trabalhando para Jesus.
Esse é o momento no qual nós devemos olhar para Deus e para o que é ensinado em sua Palavra. Você leitor é desafiado a fazer a diferença na vida de seus filhos, na vida do teu cônjuge, na vida do teu chefe, do teu empregado tendo Deus e a sua Palavra como os verdadeiros valores para a ética e a moral diante de quem quer que seja. Vamos obedecer a Palavra de Deus e usa-la como referência em nossa empresa, em nossa instituição, em nossa vida pessoal. A oportunidade é agora. Talvez você não tenha outra oportunidade tão boa como essa para refletir sobre nossos erros e mudarmos nossas atitudes.

Herbert Pereira de Oliveira

Pastor da Igreja Presbiteriana de Vila Operária e editor da Revista Primícias

Novo CPC: Qual a Importância?


O noticiário nacional tem divulgado a entrada em vigor do nosso CPC (Código de Processo Civil). Mas o que é isto e, principalmente, o que tal modificação interfere na nossa vida?
O Código de Processo Civil é o conjunto das principais normas que regulamentam a maneira com que um processo judicial deve seguir na esfera cível, dando segurança jurídica a todos de receber um tratamento igualitário, com regras pré-ordenadas.
Assim, quando uma pessoa vai demandar contra outra na busca de resguardar um direito que ele acredita possuir e que ele entender ter sido agredido, ele tem a segurança de que receberá tratamento igualitário, independentemente da sua condição social, bastando seguir a forma pré-ordenada de como este processo deve seguir.
Daí a importância deste novo CPC, vez que, mesmo entre os que não atuam no chamado “meio jurídico”, podem ter seu dia a dia afetado por ele.
Pois bem, considerando que foram inúmeras mudanças e ainda o pequeno espaço que temos para enfrentar tal questão, separamos abaixo algumas das que entendemos ter sido as principais modificações. Vamos a elas:
a)  Busca pela conciliação: a experiência mostra que muitos processos judiciais nasceram e permanecem por força da dificuldade de um simples diálogo entre as partes. Problemas cotidianos desaguam em ações judiciais, que tumultuam a justiça, gerando lentidão e descrédito para o próprio Poder Judiciário. Por isto, o principal foco do novo CPC é justamente a conciliação. Assim, tão logo o Judiciário seja acionado, antes mesmo de dar direito a outra parte em formular sua defesa, já deve ser designado uma audiência de conciliação, aonde se tentará resolver a demanda de maneira mais ágil. 
b) Todo o processo organiza-se em cima de prazos, até para buscar da agilidade e operacionalidade ao mesmo. Neste ponto também houve uma mudança considerável. Antes os prazos, quando começavam a correr, incidiam sobre dias não úteis, ou seja, sábado, domingo e feriados. Com a mudança os prazos só contabilizam os dias úteis.
c)  Fica criada a ordem cronológica no julgamento dos processos. Desta maneira, os processos devem ser analisados na conformidade da data do seu protocolo. A finalidade é dar objetividade e justiça, priorizando o julgamento dos feitos mais antigos em detrimento dos mais novos.
d) Redução na quantidade de recursos e padronização no prazo recursal. A elevada quantidade de recursos sempre foi apontada por especialistas como um dos principais motivos para a morosidade do Poder Judiciário. Dentro desta filosofia, o novo CPC reduziu a quantidade de recursos e criou como regra o prazo de 15 (quinze) dias úteis para sua interposição.
e)  Honorários advocatícios na fase recursal. Buscando penalizar peças recursais protelatórias e ainda valorizar o trabalho dos advogados, em eventual insucesso de recurso, a parte recorrente deverá ainda sofrer a penalidade de pagamento de honorários sucumbenciais a favor do procurador da parte recorrida. 
Como adiantado, foram várias e significativas mudanças trazidas pelo novo CPC, mas que ficam impossibilitadas de uma abordagem mais complexa num artigo. De todo modo, é importante realçar a relevância de tais mudanças e destacar que as mesmas vão promover profundas alterações no nosso cotidiano, não se limitando aos chamados operadores jurídicos.
Aos olhos da sociedade, todas modificações que venham buscar dinamizar o trabalho da justiça, realçando a composição amigável, reduzindo a quantidade de recursos, serão bem vindos. 
Márcio Luís, advogado e mestre em direito pela UnB.
Fonte: Revista Primícias



Da Compulsão ao Consumo



Uma característica desta geração é sua obsessão em consumir. Há uma certa voracidade doentia e neurótica, no sentido mais psicanalítico possível, que tem transformado a experiência de viver em algo complexo. Perdemos a simplicidade e a leveza. A compulsão ao consumo traz distúrbios e dores.

Celso foi aos EUA e comprou uma bíblia eletrônica Franklin, cujo valor de mercado era U$ 199,00. Dias depois me procurou falando do que havia feito: comprara no impulso, a bíblia não possuía texto em português e ele não sabia falar inglês. Era uma compra inútil. Achara bonito e comprara algo desnecessário para sua vida.

Nívea me procurou preocupada porque suas finanças não iam bem, no entanto ela não conseguia parar de comprar. Sempre que entrava na sua loja preferida, mesmo sabendo que não podia gastar e que não precisava comprar, saia com a sacola cheia. Encorajei-a a visitar tal loja, fazer um giro em todos os seus setores, e sair de lá sem comprar nada. Disse que isto lhe daria uma sensação de vitória e superação. Naquela semana ela fez o que recomendei. Encontrava-se eufórica quando me encontrou. Não havia comprado nada! Seu marido que estava ao lado comentou de forma irônica: “Não comprou nada, mas já está com uma lista de coisas para comprar quando voltar lá”.

A verdade é que “compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não gostamos”.

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, escreveu um best-seller sobre mentes consumistas, que já vendeu 1.5 milhão de exemplares. Ela afirma que não compramos porque queremos, mas porque somos manipulados pelas estratégias de marketing.

Ela afirma: “Consumir é preciso para viver. Mas viver para consumir pode ser uma das maneiras mais eficazes de transformar a vida em morte existencial (...) Na maioria das vezes o prazer está no ato de comprar, não de usar (...) Se sua vida está paralisada por causa de dívidas, você é um viciado exatamente como um drogado”.

Ana Beatriz adverte para o fato de que somos impelidos a consumir, afinal, aqueles que trabalham neste ramo sabem tudo sobre neurociência e nos levam a pensar que se não adquirirmos determinados produtos, nos sentiremos como se estivéssemos fora do contexto de beleza, poder e prazer.


A grande verdade é que existe elegância na simplicidade, afinal, “beleza é você se sentir confortável dentro de sua pele”. O consumo compulsivo é uma grande armadilha e um grande jogo de ilusão. Cheque os motivos e as necessidades. Viver de forma leve traz grande liberdade e alegria.


Por Samuel Vieira

Fonte: rev.samuca.blogspot.com.br