As
pautas incluem desde a revogação do Estatuto do Desarmamento até a defesa da
Operação Lava Jato.
Os movimentos civis que
lutaram pelo impeachment de Dilma Rousseff marcaram sua primeira manifestação
deste ano para o dia 26 de Março.
As pautas incluem desde a revogação do Estatuto do Desarmamento até a defesa da
Operação Lava Jato.
Tendo muito mérito na ida
de milhões de brasileiros às ruas para exigir a deposição da ex-presidente por
sua fraude fiscal, o Movimento Brasil Livre adota agora um tom mais
propositivo, com reformas a serem feitas e instituições a serem preservadas.
A defesa da Polícia Militar
e o fim do desarmamento civil são respostas às demandas populares por uma
segurança pública mais forte e pelo resgate do direito do cidadão de defender a
si e sua família. O caos no Espírito Santo, com quase 200 mortos, reanimou os
protestos contra o sucateamento das polícias e a total incapacidade das pessoas
comuns de se proteger contra a criminalidade.
Já o apoio à Lava Jato é
vital: as investigações policiais e o julgamento de corruptos pela Justiça são
importantes tanto para expor os interesses mafiosos por trás de nossa inchada
máquina pública quanto para mostrar que nem poderosas figuras nacionais estão
acima da lei.
A visibilidade e a lentidão
do processo motivam a exigência de se eliminar o foro privilegiado, acabando
com a tranquilidade daqueles que contam com o STF para escaparem de sua
punição. A Lava Jato também contribui para colocar holofotes na gastança e nos
privilégios dos políticos e burocratas.
As reformas trabalhista e
previdenciária, felizmente, já estão na agenda do governo Temer. Mas o atual
presidente tem a péssima reputação de recuar de medidas liberalizantes quando afrontado
por grupos de pressão. É esperado que forças sindicais petistas façam pressão
contra qualquer mudança. Mostrar que existe apoio civil às reformas pode acabar
sendo a diferença entre a aprovação e o recuo.
No geral, é visível o
projeto de um Estado menor, mais focado em suas funções essenciais, que custe
menos ao povo e invada menos a vida do cidadão.
É uma proposta muito
diferente do que a militância pró-PT oferece, já que esta deseja continuar a
expandir o poder e os gastos do Estado brasileiro sem se importar com a crise,
bem como nutre visível desprezo à Lava Jato e, em particular, ao trabalho do
juiz Sérgio Moro.
Por isso o 26 de Março é um sopro de ar fresco: após meses de
protestos petistas clamando por um retorno aos planos de Dilma, surge uma
manifestação liberal como alternativa aos insatisfeitos com a situação do País.
Vários brasileiros
descobriram no impeachment que sua voz é importante e pode fazer a diferença
mesmo em pautas que dependem de largas maiorias no Congresso para serem aprovadas.
Políticos reagem a incentivos, e a ameaça de não serem reeleitos caso se
coloquem contra o povo é poderosa.
O cidadão comum tem uma
força que ainda está descobrindo, e as pautas liberais trazem muitas
oportunidades para lutar por um novo Brasil. O sentimento de esperança que
motivou inúmeras pessoas a participarem pela primeira vez de movimentos de rua
continua presente, e toda conquista feita com essa energia ajudará a mudar os
rumos da política nacional.
2016 marcou o fim de uma
velha ordem, 2017 pode marcar a renovação que trará um futuro melhor ao País.
Quem acreditou que poderia participar de algo impensável tem mais uma chance de
deixar sua marca na História.
*Este
artigo é de autoria de colaboradores do HuffPost Brasil e não representa ideias
ou opiniões do veículo. Mundialmente, o Huffington Post é um espaço que tem
como objetivo ampliar vozes e garantir a pluralidade do debate sobre temas
importantes para a agenda pública.
Fonte: http://www.huffpostbrasil.com
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