A paternidade me deixou muito mais
sensível para algumas coisas. É como se, na palheta de cores da vida, novos
tons fossem notados. Se você é pai ou mãe sabe bem do que estou falando.
Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que ouvi as batidas do coração do
meu filho: foi impossível conter as lágrimas. Após cada consulta médica, a
sensação era de ter recebido um prêmio riquíssimo. Durante nove meses, eu e
minha esposa tivemos de conter a ansiedade, até que o grande dia chegou. O
relógio marcava 7h52, hora exata em que ele veio ao mundo, pesando cerca de 3,5
quilos e medindo quase 50 centímetros. Que alegria! Pude, enfim, ouvir seu
choro. Quando o peguei no colo pela primeira vez, disse baixinho em seu ouvido:
“O papai vai cuidar de você, filho”.
Infelizmente, nem todos os bebês
desfrutam do mesmo amor e cuidado. Muitos são assassinados estando ainda no
ventre de suas mães. O aborto, sem sombra de dúvida, é um dos atos mais
abomináveis cometidos pelo homem. Especialistas buscam amenizar a brutalidade
dessa prática referindo-se ao aborto não como algo realizado contra uma pessoa.
Alguns defendem que até a 12ª semana de gestação o embrião é apenas um
emaranhado de células em formação e que, portanto, não se trata de um ser
pessoal. Tudo isso são maneiras de fazer com que algo bárbaro, como é o aborto,
ganhe contornos mais amenos perante a sociedade.
O que causa mais espanto, porém, é
saber que existem grupos “ditos evangélicos” que apoiam a descriminalização do
aborto. Recentemente, li uma matéria em que um dos integrantes desses grupos
dizia: “Não somos a favor do aborto, mas da descriminalização de quem o
pratica”.
Essa frase não partiu de ateus, mas de
alguém que, supostamente, apresenta-se como sendo da “família da fé”. Notem:
essa pessoa não se diz a favor do aborto, mas reivindica que sua prática não
seja considerada crime. Em resumo, o próprio filho, ainda no ventre materno, é
assassinado e, isso, segundo ela, não dever ser visto como crime perante a lei.
Que grande incoerência!
Se, por exemplo, alguém diz não ser a
favor do estupro, mas defende que o estuprador é inocente, não estaria, com
isso, viabilizando a violência sexual contra a mulher por meio da impunidade
contra tal crime? É óbvio que sim! Da mesma forma, quem defende a
descriminalização do aborto, consequentemente, é “pró-aborto”. Por isso, a
retórica falaciosa comum entre os chamados “cristãos progressistas” não deve
confundir o povo santo de Deus.
O aborto é um assassinato, mesmo quando
regulamentado pelo Estado. A interrupção da gravidez — como alguns se referem
ao aborto — nada mais é do que o assassinato cruel de pessoas indefesas. É
evidente que há situações ligadas a esse tema que são complexas e que causam
grande sofrimento a todos os envolvidos. No entanto, estou certo de que o aborto
não é a solução.
A Bíblia nos ensina
que homem e mulher foram feitos à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26),
de modo que a vida humana é extremamente valiosa. Afinal, todas as pessoas,
sejam fetos em desenvolvimento ou adultos, refletem a imagem do grande Criador
do universo. Isso, por si só, deveria ser suficiente para convencer qualquer
cristão verdadeiro de que a prática do aborto é uma abominação aos olhos de
Deus.
Em Êxodo 21.22-25, o bebê
no ventre de sua mãe é tratado como uma pessoa. Isso tanto é verdade que, nesse
texto, aprendemos que, caso a mãe ou o bebê, ainda que acidentalmente,
sofressem algum mal causado por determinado agressor, a mesma punição deveria
ser aplicada àquele que causou o dano (v.23), apontando que tanto o
bebê, que ainda está no ventre materno, como a mãe possuem o mesmo valor
perante Deus.
No Salmo 139, Deus é
apresentado como o doador da vida. Nesse texto, aprendemos que o Senhor cuida
de cada etapa do desenvolvimento de um bebê e que seu pequeno corpo é
minuciosamente desenvolvido por ele (v.13). Mesmo quando sua condição é
a de um pequeno embrião, Deus está com ele, demonstrando todo cuidado (v.16).
Diante dessa maravilhosa realidade, não resta mais nada ao salmista senão ficar
maravilhado com a soberania e o poder de Deus (v.17-18). É possível ver,
claramente, o enorme cuidado que o Senhor tem para com o embrião desde sua
concepção, de maneira que tentar contra sua vida ofende imensamente o próprio
Deus.
Que nosso Senhor nos dê intrepidez
frente a questões tão importantes como essa!
Robson Maciel Alves
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